Em 2015, numa cidade do Texas, uma noite de fogo de artifício esteve na base da pior das notícias para uma família norte-americana. A cadela Jazzy assustou-se com o barulho das explosões e fugiu de casa, afastando-se muito da residência. E já não foi capaz de encontrar o caminho de volta. Durante dias, a família procurou-a por toda a cidade e preencheu um relatório completo com a descrição do animal, que foi entregue às instituições de recolha de animais abandonados, para a eventualidade de Jazzy ser recolhida.
Passaram-se semanas, meses, anos e o animal nunca apareceu. Até que a família deixou de o procurar.
No início deste mês de dezembro, a família do Texas recebeu um alerta da Orange County Animal Services, uma das organizações responsáveis pela recolha de animais abandonados. Havia dado entrada na base de dados a ficha de um animal recolhido que tinha algumas semelhanças com o perfil de Jazzy. A idade não parecia bater certo, porque a avaliação feita ao animal apontava para uma idade entre os 9 e os 10 anos, quando na verdade Jazzy tinha 12. Mas havia esperança. E a confirmação veio quando na ficha foi mencionada uma cicatriz que o animal apresentava, e que era exatamente igual à de Jazzy.
Mas mesmo assim era difícil acreditar que pudesse ser a mesma cadela. É que este animal tinha sido encontrado abandonado pelos donos num quarto de hotel em Orlando, na Florida, a mais de 2 mil quilómetros do Texas, onde Jazzy vivia. A cadela tinha uma artrite grave, mas estava aparentemente bem de saúde. Kerry, a dona de Jazzy, meteu-se num avião e viajou para Orlando para tentar identificar o animal presencialmente, já que pelas fotos não era possível ter a certeza absoluta.
Assim que se encontrou com o animal, Kerry teve a certeza. Jazzy começou imediatamente a abanar a cauda, cheirou as mãos da mulher, depois lambeu uma, a outra, e lançou-se na direção da dona, que não via há 7 anos.
"Não sabemos como Jazzy acabou aqui em Orlando, ou como tem sido a sua vida. Mas após sete anos, Jazzy está finalmente a ir para casa", escreveu a instituição no post que partilhou no Facebook. "O nosso pessoal e voluntários tem de suportar mágoas todos os dias. De vez em quando, porém, podemos assistir a algo assim, e isso faz com que cada minuto valha a pena. Se pudéssemos engarrafar este tipo de amor, fá-lo-íamos", continuou o texto.
Jazzy viajou depois com a dona para o Texas e já se encontra em casa.