A Polícia Judiciária (PJ) e o Ministério da Educação uniram-se para encontrar o invasor das aulas virtuais que têm sido feitas na plataforma online Zoom. Num comunicado feito este domingo, a PJ revela que se trata de um jovem de 20 anos que não fazia parte das turmas das aulas interrompidas.
Depois de identificado, o jovem assumiu os ataques reconhecendo "que o seu comportamento foi indevido" e disponibilizou-se para "apagar todos aqueles conteúdos que foram publicitados na Internet", revela a PJ, uma vez que além da invasão das aulas, as sessões eram publicadas no YouTube.
No comunicado a PJ avança ainda: "Por livre iniciativa procedeu igualmente à eliminação de todas as suas contas em redes sociais, que estiveram na base desta atividade ilícita e pelas quais poderá vir a ser responsabilizado penal e civilmente".
Assim que o Ministério da Educação soube dos ataques informou a Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e à Criminalidade Tecnológica UNC3T, da PJ, e "em estreita articulação" conseguiram encontrar o autor dos ataques.
No entanto, esta sexta-feira, 17 de abril, a Federação Nacional de Professores (Fenprof) deu conta de mais ataques de terceiros em plataformas 'online' de ensino à distância e anunciou que iria fazer queixa à Procuradoria-Geral da República .
Os ataques às plataformas têm como propósito o apoderamento de dados pessoais, códigos de acesso, fotografias e vídeos de alunos e professores. Para travar as invasões a Fenprof exige ao Ministério da Educação que garanta a utilização segura de plataformas de vídeo chamada online para professores e alunos ou apresente alternativas à sua utilização — que é até ao momento a única forma de continuar o ensino à distância.
Há ainda relatos de casos por parte do Sindicato Nacional do Ensino Superior (SNESup), que deixa um alerta aos associados que usam as plataformas online para as aulas digitais:"Especial atenção perante plataformas que solicitam as credenciais do Microsoft Office 365, ou outras credenciais institucionais e pessoais".