Só esta sexta-feira, 18 de setembro, o boletim diário dava conta de mais 780 casos de COVID-19, e na quinta-feira, 17, Portugal registou o maior aumento de casos diários desde 10 de abril. "A manter-se esta tendência, na próxima semana chegaremos aos mil novos casos por dia", alertou o primeiro-ministro, António Costa, à saída de uma reunião de urgência com o gabinete de crise para o acompanhamento da evolução da COVID-19, que decorreu esta sexta-feira, 18.

A tendência a que se refere Costa diz respeito ao panorama europeu, onde os casos têm aumentado substancialmente. No entanto, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, descansa os portugueses, avançando que está ser preparado um plano para “evitar confinamentos totais e o regresso ao estado de emergência”, disse após a inauguração da requalificação da Escola Básica do 1.º Ciclo n.º 5 de Olhão.

Marcelo reconheceu ainda que "quando o estado de emergência terminou, disse que esperaria não ter de voltar ao estado de emergência ou ao confinamento total”, e é nesse sentido que está a trabalhar. O Presidente da República prefere, em vez de regredir para medidas apertadas, apostar nos “frutos de um processo longo”.

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A reunião com o gabinete de crise teve como objetivo “reforçar a sensibilização dos cidadãos para a adopção de medidas de prevenção e de segurança contra a COVID-19", de acordo com o jornal "Público". As novas medidas para o outono/inverno só deverão ser conhecidas ao longo da próxima semana, de acordo com António Costa, que também é da opinião que um novo confinamento não será a solução para combater a pandemia: "Parar o país teve um custo enorme. Foi horrível. Destruiu milhares de postos de trabalho”, lembra.

Sendo a nova estação uma das preocupações para as autoridades de saúde, uma vez que a gripe e a COVID-19 podem sobrecarregar ainda mais os hospitais, Costa refere que o Serviço Nacional de Saúde deverá ser reforçado e que será necessário "testar mais e mais rápido. Mas antes de tudo, temos de fazer o que depende de nós”, disse, acrescentando que cada pessoa deverá ser “polícia de si própria”.

Ainda quanto ao período que se avizinha, o primeiro-ministro refere que "as escolas não podem voltar a fechar, os idosos não podem deixar de ter visitas nos lares. Seria impensável ter um Natal como tivemos a Páscoa", terminou.