Podemos não estar na melhor posição no que diz respeito à obesidade da população portuguesa ou à transparência financeira, mas no desenvolvimento saudável das crianças, ocupamos um lugar favorável entre 180 países do mundo.
O ranking foi desenvolvido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a UNICEF e a The Lancet, para avaliar o estado da saúde infantil e de bem-estar, fatores essenciais no desenvolvimento saudável das crianças. Os resultados foram publicados esta quarta-feira, 19 de fevereiro, pelo Serviço Nacional de Saúde. E apesar de não termos ficado em 1.º lugar — esse ficou para a Noruega —, ficámos em 22.º lugar, uma posição positiva tendo em conta a vasta lista de países.
O relatório mostra que mais acima na tabela ficaram outros países europeus, como Áustria (19.º lugar), Espanha (17.º lugar) e França (4.º lugar). Já no top três ficaram os Países Baixos, a Coreia do Sul e, então, a Noruega — que de acordo com um estudo publicado no ano passado e desenvolvido pelo World Happiness Report está em 3.º lugar no ranking dos países mais felizes do mundo.
Já em último na tabela sobre o desenvolvimento saudável das crianças e adolescentes, em 180.º lugar, ficou a República Centro-Africana. Portugal conseguiu uma pontuação de 0,90 nos parâmetros que avaliam a sobrevivência e a prosperidade das crianças e adolescentes — numa escala cuja pontuação máxima é de 1.
O relatório deixa ainda claro o que é essencial para o bom desenvolvimento das crianças e que deve ser reforçado pelos governos: "O bem-estar infantil está associado aos direitos e equidade ao longo da vida, com o objetivo de aprimorar fatores de proteção e mitigar a vulnerabilidade", acrescentando que o objetivo dos países deve ser que "todas as crianças sejam capazes de desenvolver-se e levar vidas felizes e significativas, agora e no futuro”.