É um caso verdadeiramente dramático, mas que terá chegado ao fim. Um homem vai ser julgado por ter mantido a mãe adotiva durante 14 meses trancada em casa, sujeitando-a a agressões, fome e retirando-lhe o dinheiro da pensão, que gastava em álcool, restaurantes e drogas. O homem, de 46 anos, está acusado pelo Ministério Público pelos crimes de violência doméstica agravados, sequestro agravado, furto qualificado e resistência e coação sobre funcionário, revela o "Correio da Manhã" deste sábado, 31 de dezembro. O julgamento começará já no início do ano no Tribunal de São João Novo, no Porto.

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O caso aconteceu na residência onde vivia a mulher, de 84 anos, em Rio Tinto, Gondomar. Mas tinha antecedentes. Em 2017, o filho adotivo já tinha sido detido e condenado a 3 anos de prisão, precisamente por maus tratos e violência doméstica exercida sobre a mãe. Após ter sido libertado, a mãe acabou por perdoá-lo e aceitá-lo de volta em casa. Só que bastaram alguns meses para o homem reincidir. Mas desta vez com requintes de malvadez. De acordo com a investigação, a mulher terá sido feita prisioneira dentro da sua própria casa entre os dias 21 de janeiro de 2021 e 4 de março de 2022, ou seja, um ano e dois meses. O filho adotivo terá mantido as janelas fechadas para que a mãe não pudesse pedir ajuda e trancava as portas com cadeados para que ela não pudesse circular pela casa. De acordo com o Ministério Público, a mulher terá mesmo estado cinco dias seguidos sem comer e beber e era recorrentemente espancada com murros e pontapés. Numa das agressões terá mesmo ficado com dentes partidos, não tendo tido recebido tratamento médico.

A idosa recebia apoio alimentar da Segurança Social, que lhe levava refeições, mas ainda de acordo com o apurado na investigação o filho deitava a comida fora e ia almoçar e jantar a restaurantes, usando os cerca de mil euros de reforma que a mãe auferia e que ele gastava. O filho usaria ainda o dinheiro para comprar álcool e drogas.

Terá sido uma denúncia anónima que levou a que a PSP fosse até ao local, conseguisse identificar a situação, detendo o homem e salvando a idosa.

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