É conhecido como “gás do riso”, ou “gás hilariante”, e provoca risos, gargalhadas e uma sensação de relaxamento quando inalado. Em Portugal, a utilização de óxido nitroso para uso recreativo tem sido cada vez mais popular, registando-se um aumento, nos últimos anos, por parte dos jovens. Vende-se em botijas e é geralmente utilizada para encher balões, por exemplo.
O Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência (EMCDDA, na sigla em inglês) lançou esta segunda-feira, 21 de novembro, um relatório a alterar alerta para os malefícios desta droga na saúde. Considerada uma substância psicoativa, afetando o sistema nervoso, o óxido nitroso consta desde setembro na lista de drogas proibidas em Portugal.
Segundo os especialistas da EMCDDA, quando inalada, a substância pode provocar intoxicações, náuseas e quedas — devido à falta de controlo sob o corpo — e não é recomendada a pessoas com deficiência da vitamina B12, importante para o desenvolvimento e manutenção do sistema nervoso.
No relatório da EMCDDA , ao qual o “Diário de Notícias" teve acesso, pode ler-se: "A popularidade crescente do óxido nitroso pode, em certa medida, ser explicada pela facilidade em adquirir a substância, o seu baixo preço, os seus efeitos de curta duração e pela percepção geral dos consumidores de que é uma droga relativamente segura".
Já em 2021, as autoridades nacionais haviam divulgado um relatório que alertava para o aumento da utilização do “gás do riso” para uso recreativo, chamando a atenção para as crescentes evidências da venda do produto, que em Portugal se pode encontrar em lojas de conveniência e supermercados.
Segundo o mesmo relatório, em 2021 registaram-se 93 ocorrências ou apreensões de óxido nitroso (garrafas ou balões), em Lisboa, Setúbal e Faro. Em 2022, registaram-se, até ao momento, 35 ocorrências ou apreensões (garrafas ou balões).