Uma mulher de 39 anos morreu na noite de quinta-feira, 10 de setembro, depois de um parto demorado e com complicações. O caso passou-se em Vila Real, mais concretamente no Centro Hospitalar de Trás-os-Montes, onde Cármen Fonseca acabou por perder a vida após uma cesariana de urgência. O bebé nasceu às 9h da manhã, a mãe morreu horas depois, já à noite.
A família exige uma investigação e acusa os profissionais do centro hospitalar de negligência médica no processo de trabalho de parto. Fernando Roças, companheiro de Cármen e pai do recém-nascido, explicou que a mulher se tinha dirigido a uma consulta de acompanhamento no dia anterior ao parto, onde não foram encontrados quaisquer sinais de perigo, escreve o "Correio da Manhã".
Depois da consulta no mesmo hospital, onde a mulher de 39 anos já apresentava indícios de dilatação, Cármen viria mesmo a dar entrada nas urgências, com muitas contrações. Com uma gravidez de risco, a grávida só daria à luz às 9h da manhã do dia seguinte, de cesariana de urgência. Luísa Martins, a irmã de Cármen, refere à mesma publicação que esta nunca deveria ter sido sujeita à possibilidade de um parto normal, nem às horas de espera até à decisão de seguir para cirurgia. O bebé, que nasceu com 3.200 quilos, está estável e saiu da incubadora na sexta-feira.
"Queremos que seja feita justiça, para que não haja mais mortes. Têm de ser castigados", salientou Tânia Fonseca, uma segunda irmã de Cármen. No entanto, a administração do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes salienta que o caso de Cármen seguiu as boas práticas clínicas estabelecidas para este tipo de intervenção. Apesar desta informação, por uma questão de rigor e transparência, alegam, será instaurado um processo de averiguação, refere o "Correio da Manhã".