Nesta segunda-feira, 20 de abril, o primeiro-ministro António Costa reuniu-se com D. Manuel Clemente, o cardeal-patriarca de Lisboa, para discutir estratégias para o levantamento das limitações às celebrações religiosas.

Depois da reunião, confirma-se a reabertura das igrejas no mês de maio, embora ainda sem uma data concreta. "No dia 30 de abril, iremos tomar orientações", disse António Costa, citado pelo "Observador". Mas para garantir que o regresso dos portugueses às missas — são cerca de três milhões que frequentam as igrejas semanalmente — ocorre em segurança, há várias medidas a serem tomadas.

Igrejas vão reabrir, mas diferentes. Saiba como vão passar a ser as missas, casamentos e batizados
Igrejas vão reabrir, mas diferentes. Saiba como vão passar a ser as missas, casamentos e batizados
Ver artigo

De acordo com a mesma publicação, e apesar de estar para se realizar uma reunião para que o cardeal-patriarca de Lisboa possa comunicar ao Conselho Permanente do Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) os pontos do seu encontro com o primeiro-ministro, alguns bispos avançam as possíveis medidas de segurança, que devem ser coerentes e unânimes por todo o País.

Mais missas diárias, por forma a que os crentes possam dividir-se entre as celebrações evitando grandes aglomerados de pessoas, utilização de máscaras e distâncias mínimas de segurança são algumas dessas medidas.

“Não haverá ajuntamentos de grande massa, e as celebrações eucarísticas, e provavelmente outras, têm de ter sempre em conta o distanciamento necessário. À medida que se forem abrindo as igrejas, vão ter de se ir encontrando as medidas necessárias”, disse D. João Lavrador, o bispo de Angra, ao "Observador".

O bispo referiu ainda que já existem "paróquias que, neste momento, não têm problema nenhum em distanciar as pessoas", mas que poderá existir a necessidade de fazer mais missas em paróquias mais extensas. D. João Lavrador avança que, nesses casos, "provavelmente vai ser preciso fazer mais alguma missa, para não irem todas as pessoas ao mesmo tempo. Vai depender das pessoas. Mas direi, nas indicações, que o distanciamento necessário terá de ser garantido.”

Para além destas diretrizes, o contacto físico também deverá desaparecer das celebrações, e as procissões continuam proibidas, bem como todas as celebrações ao ar livre. Assim, já foi divulgada uma mensagem de vídeo do Santuário de Fátima, onde o cardeal D. António Marta anunciou a realização de um 13 de maio sem peregrinos.

"Neste momento comunico que o Santuário de Fátima irá celebrar a grande peregrinação internacional de maio sem peregrinos fisicamente presentes. Sem aquela presença física de peregrinos, sem aquela multidão como era habitual”, disse o cardeal, na mensagem em questão.