Maria Elena Bergoglio é a única irmã viva do Papa Francisco, que morreu aos 88 anos esta segunda-feira, 21 de abril. No entanto, a mulher de 76 anos não viu o irmão nos últimos 12 anos, mais concretamente desde o conclave de 2013, quando  Jorge Mario Bergoglio foi eleito como o 266.º líder da Igreja Católica.

Na época, a irmã do Papa Francisco seguiu o conclave atentamente, sabendo que o irmão era um dos cardeais presentes no Vaticano, mas não acreditava que  Jorge Mario Bergoglio pudesse ser o eleito, refere o "Correio da Manhã". Até à altura, nunca tinha existido um Papa da América Latina.

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"Assim que ouvi 'Jorge Mario', congelei completamente. Nem sequer ouvi o apelido ou o nome que ele tinha escolhido para Papa. Comecei a chorar, inconsolavelmente", contou Maria Elena Bergoglio ao jornal argentino "La Nación" em 2013, tal como refere a publicação portuguesa.

No dia em que foi eleito Papa, Francisco fez um breve telefonema à irmã, onde lhe pediu para informar o resto da família do sucedido e de que estava bem, devido ao facto de não conseguir falar com todos e confiar em Maria Elena para transmitir a mensagem. Na mesma chamada, os dois irmãos combinaram também que a mulher não iria viajar até Roma para as cerimónias devido ao seu estado de saúde.

A última vez que os dois irmãos se viram em pessoa foi em 2013, antes do conclave que elegeu Francisco, com Maria Elena a despedir-se do irmão crente que o veria em breve, dado que não acreditava que o mesmo fosse eleito Papa. Passaram-se 12 anos, dado que os médicos desaconselharam a mulher a fazer viagens longas de avião, justamente devido ao seu estado de saúde.

A mulher é a única dos quatro irmãos Bergoglio ainda viva. Tem 76 anos, é separada e mãe de dois rapazes. Devido ao seu estado de saúde delicado, encontra-se sob os cuidados de uma instituição religiosa de Buenos Aires, e não é expectável que esteja presente no funeral do irmão, que acontece no sábado, 26 de abril, em Roma.