Gabriel e Sebastian Shemirani, filhos de Kate Shemirani, conhecida pelas suas posturas antivacinas e teorias da conspiração, responsabilizam a mãe pela morte da irmã, Paloma, que recusou quimioterapia para tratar um linfoma não-Hodgkin e acabou por morrer no ano passado.
Numa entrevista ao programa Panorama, da BBC, os irmãos contaram que Paloma recebeu um diagnóstico com uma boa perspetiva: 80% de hipótese de sobrevivência com quimioterapia, mas acabou por rejeitar o tratamento após uma visita da mãe ao hospital, refere a "People".
Em vez disso, escolheu a terapia de Gerson, que consiste em sumos, suplementos e enemas, e não é reconhecida cientificamente como eficaz contra o cancro, segundo o Instituto Nacional do Cancro dos EUA.
Kate Shemirani, que já foi diagnosticada com cancro da mama em 2012, é conhecida pelas suas crenças anti-ciência, incluindo teorias da conspiração sobre o 11 de setembro e o massacre de Sandy Hook, recordaram os filhos. Apesar de ter sido submetida a uma cirurgia, a britânica atribuiu a sua recuperação a sumos e enemas de café.
Em julho de 2024, Paloma sofreu uma paragem cardíaca e foi colocada em suporte de vida, vindo a morrer poucos dias depois, com 23 anos. Sebastian Shemirani afirma que a morte da irmã foi “uma consequência direta das ações e crenças da mãe” e apelou para que ninguém mais tenha de sofrer uma perda semelhante, disse ao programa da BBC.
Em resposta à morte da filha, Kate Shemirani acabou a publicar na plataforma X que Paloma tinha sido assassinada e que a sua morte foi encoberta, descrevendo a medicina como “uma mentira”. “Temos todas as provas forenses que detalham o encobrimento do início ao fim, desde o topo do sistema judicial neste país até ao fundo das suas mentiras. Bem-vindos ao Serviço Nacional de Homicídios”, escreveu.