As condições em que os portugueses vão poder celebrar o Natal é um dos temas mais falados das últimas semanas. Agora, surgem notícias de que o governo está a ponderar limitar o número de pessoas reunidas nas celebrações, medida também adotada por outros países europeus como a Alemanha e a Espanha, além de manter algumas restrições na circulação, pelo menos, entre os concelhos de risco extremamente elevado (mais de 960 casos por 100 mil habitantes), avança o "Correio da Manhã".

Especialistas defendem que "não vai haver condições" para juntar a família no Natal este ano
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Embora ainda não existam confirmações, especula-se que o número máximo de pessoas por mesa possa ter como referência as medidas em vigor nos restaurantes: até seis pessoas, exceto se pertencerem ao mesmo agregado familiar. É esperado que exista uma decisão do executivo de António Costa a partir de quinta-feira, 3 de dezembro, após a reunião do governo no Infarmed, onde estarão presentes vários especialistas em saúde pública.

As medidas a aplicar no próximo estado de emergência, que deverá ser renovado entre 9 e 23 de dezembro, bem como as regras do Natal, deverão ser comunicadas ao País no final da próxima semana. Depois da reunião no Infarmed, o governo deverá estudar os contornos das restrições, e a Assembleia da República terá de pronunciar-se já esta sexta-feira, 4, dado que a terça-feira seguinte é feriado nacional.

Numa altura em que se calcula que Portugal já atingiu o pico da segunda vaga, estas e outras medidas restritivas têm como objetivo reduzir cada vez mais os casos de contágio de COVID-19. De acordo com vários especialistas de saúde pública, caso o cenário atual de medidas se mantenha, é estimado que a média diária de novos casos desça para menos de três mil na altura do Natal.