Foi encontrada pela Polícia Judiciária a jovem de 15 que havia sido dada como desaparecida a 26 de setembro do Instituto Madre Matilde, na Póvoa, onde estava à guarda do Estado, por decisão judicial. Tal como as autoridades suspeitavam, a mãe e o padrasto estiveram envolvidos no desaparecimento da rapariga, mesmo tendo dado entrevistas à CNN Portugal garantindo não saber onde estava a adolescente. O padrasto, que é acusado pela jovem de abusos, foi detido pela PJ em flagrante quando saía do anexo onde a rapariga estava raptada, em Famalicão.

O caso foi inicialmente revelado no programa "Exclusivo", de Sandra Felgueiras, na CNN, e noticiado pela MAGG aqui. E nas entrevistas que concederam quer o padrasto quer a mãe da rapariga de 15 revelavam saber muito mais do que estavam a contar sobre o paradeiro da criança. Na reportagem, são mostradas várias mensagens que o padrasto enviaria para colegas de Maria que demonstram uma profunda obsessão pela sexualidade da adolescente, falando constantemente da sua vontade "de fazer sexo", de como "fez sexo", com quem "faz sexo", onde costuma "fazer sexo". Confrontado com as acusações e abusos sexuais, o homem negou e disse que "não há provas disso". Sobre o desaparecimento de Maria, mostrava ter informações privilegiadas e dizia que "dia 12" (este sábado) iria revelar mais dados sobre o caso. Não foi necessário, já que foi detido um dia antes.

Mulher desaparecida encontrada morta dentro de uma cobra pitão
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O homem, de 43 anos, foi detido quando saía de um pequeno anexo a uma casa em Famalicão, que havia sido arrendado três dias após o desaparecimento da jovem. Lá dentro, a PJ encontrou a adolescente, que estava raptada, proibida de sair, e sem condições mínimas de habitabilidade, de acordo com a CNN. O homem, tal como a mãe, vão ser presentes a um juiz, que lhes irá decretar uma medida de coação, e deverão ter de responder pelas acusações de sequestro agravado e crime de subtração de menores.

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A Polícia Judiciária confirmou que "os arguidos induziram uma menor, filha de um deles, a fugir de uma instituição onde se encontrava acolhida, por decisão judicial, tendo-a mantido a partir dessa data privada da sua liberdade de locomoção, sem poder sair, ir à escola ou conviver com outras pessoas", conforme revelado em comunicado.

As autoridades terão começado a investigar este caso apenas após o mesmo ter sido revelado na reportagem do programa "Exclusivo", que faz parte do "Jornal das 8" da TVI.