A 6 de junho começa a época balnear e com ela chega uma novidade às praias: a criação de uma sala de quarentena para alojar os banhistas suspeitos de estarem infetados com COVID-19. A medida pensada pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e tutelada pelo Ministério do Ambiente, consta no Manual das Boas Práticas da época balnear deste ano, avança o jornal "Correio da Manhã".

Esta sala será instalada nos postos de primeiros socorros que estão junto aos areais, nos quais habitualmente já são prestados cuidados a banhistas com ligeiros problemas de saúde. "Os postos de primeiros socorros devem estar dotados com termómetros e equipamento de proteção individual, e compreender uma área destinada ao isolamento de casos suspeitos da doença COVID-19", deixa claro a APA no manual.

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Em tempo de pandemia o posto de primeiros socorros ganha novos contornos e tem ainda de obedecer a procedimentos específicos: "O responsável pelo posto de primeiros socorros deve encaminhar os casos suspeitos para o espaço de isolamento e prestar todo o apoio que se revele necessário, interditando a aproximação de qualquer outra pessoa até à chegada da equipa de emergência médica", diz a APA.

De acordo com o manual, entretanto deverá também ser desenvolvido um plano de contingência para lidar com os banhistas ou trabalhadores — como os nadadores-salvadores ou colaboradores de restaurantes e bares de praia — que sejam suspeitos de estarem infetados.

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Ainda nas praias, sabe-se que o Governo está a planear implementar este ano uma espécie de semáforo com "indicação luminosa da lotação do espaço". Contudo, nenhuma destas novas medidas substitui as regras gerais definidas pela DGS, como o distanciamento físico e a higienização dos espaços, como é o caso dos restaurantes e cafés de praia.