Foi a 4 de agosto de 2019 que Jonty Bravery, na altura com 17 anos, atirou uma criança de 6 anos da varanda do 10.º andar do Tate Modern, em Londres (Reino Unido). Quase um ano depois, o britânico de 18 anos foi condenado a, pelo menos, 15 anos de prisão. Apesar de sobreviver ao ataque, a criança do sexo masculino sofreu uma hemorragia no cérebro, fracturas na coluna vertebral e ficou com sequelas para a vida.

Jovem que empurrou criança do 10.º andar da Tate Modern "sofre de esquizofrenia"
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Depois da acusação deixar claro que Jonty Bravery planeou um ataque destinado a crianças pequenas, escreve a BBC, a juíza afirmou que a vítima "sofreu lesões permanentes, que mudaram as sua vida", já depois do britânico ter admitido a tentativa de homicídio. "Foi à plataforma de observação, olhou à sua volta, viu a vítima e a sua família, foi ter com o rapaz e atirou-o por cima do corrimão", continuou a juíza, salientando o medo e horror que a vítima deve ter sentido, bem como os seus pais, também presentes no local.

O menino de 6 anos acabou por aterrar numa varanda do quinto andar, "de cabeça, em direção ao chão". Sobreviveu ao acidente, mas ficou com sequelas que o deixaram numa cadeira de rodas, a precisar de apoio e cuidados 24 horas por dia, pelo menos durante mais um ano.

Durante o julgamento, a advogado de defesa de Jonty Bravery referiu o diagnóstico de autismo do réu, dados que obteve através de cartas dos pais de Bravery. Já os pais da vítima, numa declaração recolhida em fevereiro, descreveram as ações do réu como "indescritíveis".

"O nosso filho, passados seis meses, pergunta porque é que está no hospital", referiu o casal, que não esteve presente no momento da leitura da sentença. Os familiares de Jonty Bravery também não marcaram presença.