Não é a primeira vez que a Dove, marca de cuidados de beleza, aposta em campanhas de consciencialização. Mas a mais recente, lançada esta quinta-feira, 13 de abril, está a emocionar as redes sociais.
Depois de um aviso que o conteúdo pode impressionar os mais sensíveis, a marca mostra um curto filme centrado em Mary, uma criança de cerca de 5 anos. Através das imagens, acompanhamos momentos da vida da menina, com amigos, a fazer vídeos em casa a dançar, a ler histórias e a ser, basicamente, uma criança feliz.
O filme continua e acompanhamos alguns aniversários de Mary, até que esta recebe um smartphone quando faz 12 anos. A partir daí, as imagens mostram como os interesses da jovem mudam, começando a consumir conteúdo de fitness e de vários influenciadores nas redes sociais, tirando cada vez mais selfies ao espelho e mantendo uma espécie de diário de comida, onde pode ver-se Mary a apontar que teria comido demasiado ao almoço.
A campanha, que conta a história de Mary, partilha também alguns conteúdos nas redes sociais consumidos pela jovem, onde se podem ver influenciadores a medir as coxas ou a dizer coisas como "queremos uma cintura pequena para este verão". A dado momento, é possível ler uma frase no diário da menina: "olha para ti, sua nojenta."
De seguida, conseguimos acompanhar a fase em que Mary é internada no hospital, devido a um transtorno alimentar. O filme termina com imagens atuais da rapariga e da sua mãe, que lhe canta alguns versos do tema "You Are So Beautiful" num momento muito emotivo. A recuperar atualmente de um distúrbio alimentar, Mary é a primeira jovem a surgir no vídeo da Dove, seguindo-se outras, que surgem também com as mães, a recuperar do mesmo problema, mas também de depressão, dismorfia corporal, ansiedade e automutilação, situações que terão sido agravadas pela influência de alguns conteúdos das redes sociais.
A campanha da Dove, baseada em histórias reais, quer chamar a atenção para o impacto negativo dos conteúdos de beleza tóxicos nas redes sociais, e de como esses afetam a saúde mental de crianças e adolescentes. De acordo com dados da marca, três em cada cinco jovens são afetados de forma negativa por essas partilhas.