Já bateu "Breaking Bad", "Vikings" e até "A Guerra dos Tronos". "Chernobyl" a série da HBO e, com 9,7 em 10 no IMDb, conta a história do desastre nuclear que atingiu a então República Socialista Soviética, atual Ucrânia. Do enredo aos atores, a série documental criada por Craig Mazin foi um sucesso entre críticos e audiência.
Um dos maiores elogios prende-se com a tentativa de recriar o acidente da forma mais fidedigna possível. E, de facto, é como se de repente estivéssemos na noite de 26 abril de 1986, quando a explosão do reator 4 da central nuclear de Chernobyl libertou uma quantidade de radiação correspondente a 400 bombas atómicas de Hiroshima.
Até hoje, ninguém sabe ao certo quantas pessoas foram (e ainda serão) afetadas pelo desastre. De que forma é que a fauna e flora poderá nunca mais ser a mesma, ou quando é que a zona de exclusão da central, neste momento nos 30 quilómetros, poderá terminar. Tudo o que as imagens atuais nos mostram é uma região abandonada, cujo silêncio é ocasionalmente interrompido pelas excursões turísticas que invadem o local.
Porém, antes do acidente que obrigou à evacuação de 48 mil pessoas (47.500 de acordo com o último censo antes do desastre, para sermos mais precisos), Pripyat era uma cidade cheia de vida. Uma vez que foi fundada para receber os trabalhadores da central nuclear de Chernobyl, localizada a apenas dois quilómetros da cidade, a população era muito jovem — a média era de apenas 26 anos.
Os casamentos eram frequentes, recordaram mais tarde os moradores. Tanto que estava a ser construído um salão para recém-casados, um projeto que nunca chegou a ser concluído devido ao acidente. Segundo as estatísticas da época, o crescimento populacional de Pripyat era de cerca de 15 mil pessoas, das quais cerca de 800 eram bebés nascidos na cidade.
Recorde Pripyat antes do desastre nuclear que mudaria a sua história para sempre. As imagens pertencem a arquivos públicos e pessoais, e foram cedidas ao site dedicado à cidade, Pripyat City.