Após ter sido detido esta quarta-feira, 3 de abril, no aeroporto de Madrid-Barajas, depois de regressar da República Dominicana esta manhã, Luis Rubiales foi libertado pela Guardia Civil depois de prestar o seu depoimento, segundo a Telecinco. Contudo, o jornal “El Mundo” avança que o ex-presidente da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF) se recusou a testemunhar perante o juiz.

Luis Rubiales, que está a ser investigado por crime de corrupção, é detido à chegada de Madrid
Luis Rubiales, que está a ser investigado por crime de corrupção, é detido à chegada de Madrid
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A detenção ocorreu na sequência de o ex-presidente da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF) estar a ser investigado por um alegado crime de corrupção durante o seu mandato, de 2018 a 2023, por alegadas irregularidades em contratos, nomeadamente para disputar a Supertaça da Espanha na Arábia Saudita, administração desleal, branqueamento de capitais e até a possibilidade de pertencer a uma organização criminosa. A Guarda Civil afirmou que Rubiales desviou 3,8 milhões de euros da RFEF, segundo a "Marca".

O regresso a Espanha por parte de Rubiales estava previsto apenas para sábado, 6 de abril, mas foi antecipado. Os agentes da Unidad Central Operativa (UCO), o equivalente espanhol à Polícia Judiciária, aguardavam o ex-dirigente à saída do avião e, depois de uma conversa, entrou numa carrinha preta para ser levado para a sede da polícia. Rubiales já tinha afirmado que estava à disposição do tribunal.

A UCO, juntamente com as forças de segurança, revistaram a sua morada temporária na República Dominicana, onde estava há cerca de dois meses, e levaram um telemóvel e um tablet do ex-dirigente.

A sua passagem pela presidência da RFEF foi também marcada pelo beijo na boca não consentido à futebolista Jenni Hermoso, que o levou a demitir-se do cargo, fez com que o tribunal o proibisse de se aproximar a menos de 200 metros da jogadora e que a FIFA o suspendesse por três anos de todas as atividades relacionadas com o futebol.