Após a entrevista concedida por Harry e Meghan Markle a Oprah Winfrey sobre os últimos anos enquanto alvos do escrutínio público e da pressão da família real britânica, Beyoncé publicou, esta quarta-feira, 10 de março, uma mensagem de apoio à duquesa no seu site oficial.
"Obrigado, Meghan, pela tua coragem e liderança. Sentimo-nos todos fortalecidos e inspirados por ti", lê-se na mensagem deixada pela artista. Antes de Beyoncé, no entanto, já as acusações de racismo e de negligência por parte do Palácio de Buckingham tinham captado a atenção de Hillary Clinton.
"Foi de partir o coração ver aqueles dois sentados ali e terem de descrever o quão difícil era serem aceites e integrados. Não apenas na família real, como explicaram, mas na sociedade em geral cuja narrativa é impulsionada pelos tablóides que vivem no passado", argumentou esta terça-feira, 9, a ex-candidata à presidência dos EUA, ao "Washington Post".
E Clinton fala por experiência, como a própria explica nas mesmas declarações. "Já tive as minhas lutas com os tablóides britânicos, assim como qualquer pessoa que seja alvo de escrutínio público também já teve, e a crueldade com que perseguiram Meghan foi inaceitável".
A ex-candidata elogiou ainda a decisão dos duques de se defenderem publicamente, apelando à família real que seja "mais dinâmica e com os olhos postos no futuro".
Também a Casa Branca já reagiu às revelações dos duques de Sussex. "É preciso imensa coragem para que qualquer pessoa decida vir a público falar abertamente sobre as suas batalhas com doenças do foro mental, contando as suas histórias. E isso é algo em que o presidente [Joe Biden] acredita e já reforçou a necessidade e importância de se apostar e financiar essas áreas", referiu Jen Paski, responsável pela assessoria de imprensa da presidência.
Na entrevista com Oprah Winfrey, exibida no domingo, 7, Meghan Markle revelou como, durante a primeira gravidez, começaram a ser levantadas questões sobre o tom de pele do filho e de como este não teria direito a título ou segurança caso a sua pele fosse mais escura.
Palácio diz investigar as denúncias "em privado"
"Naqueles meses em que estava grávida, começou a haver, em paralelo, a conversa: 'Não lhe será dada segurança, nem um título'. Mas também surgiram preocupações sobre como a sua pele [referindo-se a Archie] poderia ser mais escura quando nascesse", deixando no ar a possibilidade de que Archie dificilmente se tornaria príncipe e, por isso, teria menos proteção. "A ideia de o nosso filho não estar seguro e o facto de não ser titulado da mesma forma que o outros netos..."
Apesar da revelação, os duques recusaram-se a revelar a identidade das pessoas que expressaram estas "preocupações". Mas Harry lembra-se de que o assunto era, muitas das vezes, iniciado com uma questão semelhante: "Afinal, como é que as crianças se vão parecer?".
Ao final da tarde de terça-feira, o Palácio de Buckingham, pressionado a reagir às revelações, quebrou o silêncio, dizendo que "a família está entristecida por saber, na totalidade, os desafios que os últimos anos consistiram para Harry e Meghan", argumentando que "as questões que foram levantadas, particularmente a da raça, são preocupantes".
Na mesma nota, o Palácio promete que as denúncias serão "investigadas pela família em privado", e longe do escrutínio público.