Dois dias depois da entrevista Harry e Meghan Markle a Oprah Winfrey, o Palácio de Buckingham foi obrigado a deixar para trás o silêncio total e reagiu, num comunicado oficial, às acusações de racismo e de negligência levantadas pela duquesa de Sussex.
"A família está entristecida por saber, na totalidade, os desafios que os últimos anos consistiram para Harry e Meghan. As questões que foram levantadas, particularmente a da raça, são preocupantes. Embora algumas memórias sobre esses eventos possam variar, são levadas muito a sério e serão investigadas pela família em privado", lê-se no comunicado divulgado esta terça-feira, 9 de março.
A nota conclui com a indicação de que "Harry, Meghan e Archie serão sempre membros da família muito amados".
No domingo, 7, a duquesa de Sussex revelou como, durante a primeira gravidez, começaram a ser levantadas questões sobre o tom de pele do filho e de como este não teria direito a título ou segurança caso a sua pele fosse mais escura.
"Naqueles meses em que estava grávida, começou a haver, em paralelo, a conversa: 'Não lhe será dada segurança, nem um título'. Mas também surgiram preocupações sobre como a sua pele [referindo-se a Archie] poderia ser mais escura quando nascesse", deixando no ar a possibilidade de que Archie dificilmente se tornaria príncipe e, por isso, teria menos proteção. "A ideia de o nosso filho não estar seguro e o facto de não ser titulado da mesma forma que o outros netos..."
Apesar da revelação, os duques recusaram-se a revelar a identidade das pessoas que expressaram estas "preocupações". Mas Harry lembra-se de que o assunto era, muitas das vezes, iniciado com uma questão semelhante: "Afinal, como é que as crianças se vão parecer?".
Após a emissão da entrevista, e depois de iniciada a especulação sobre quem terá iniciado este tipo de conversas, Oprah Winfrey veio a público, a pedido de Harry, dizer que nem o príncipe Filipe nem a rainha Isabel II estiveram envolvidos.