Nas últimas semanas, órgãos de comunicação de vários países, incluindo Portugal, publicaram notícias sobre um Campeonato Europeu do Sexo. Este seria organizado pela Confederação Desportiva Sueca, já este ano, visto que o país teria sido o primeiro a considerar o sexo uma modalidade desportiva. Esta informação é falsa.

"Neste momento, informações falsas estão a ser difundidas nalguns meios de comunicação internacionais sobre a Suécia e os desportos suecos. Estes são vigorosamente negados”, garantiu Anna Setzman, porta-voz da Confederação Desportiva Sueca, num comunicado.

A origem das notícias estava num sueco chamado Dragan Bratic, conforme relatou o "Göteborgs-Posten", um dos mais conhecidos jornais da Suécia. Segundo o jornal, Bratic é dono de vários clubes de striptease e queria que o sexo fosse classificado como um desporto no país. Para o efeito, apresentou um pedido de adesão à confederação em janeiro deste ano, como se a Federação do Sexo existisse, e o pedido foi recusado em maio, confirmou a Confederação Desportiva Sueca.

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Ou seja, a Suécia foi associada pelos meios de comunicação à oficialização do sexo como desporto oficial do país, quando, na verdade, todo a situação foi criada na íntegra por um homem sueco, sem qualquer afiliação à Confederação.

Ainda assim, Dragan Bractic afirmou que organizaria um campeonato sozinho. O sueco terá mesmo criado regras e selecionado concorrentes para a competição, que foram depois reunidos numa casa. Apesar de terem partilhado alguns conteúdos pornográficos nas redes sociais, foi noticiado que a competição teria sido cancelada, quando na verdade nunca aconteceu, nem esteve perto de acontecer.

A ideia seria ter cerca de 20 representantes de uma dúzia de países a participar no campeonato, num local não revelado em Gotemburgo, na Suécia, lê-se no “Daily Mail”. E uma das concorrentes reveladas pelos media foi Sexy Lexy, anunciada como uma atriz portuguesa, cuja identidade ou participação no evento não foram verificados.

No fundo, este seria apenas um evento promovido por um empresário do mundo das discotecas e do strip, associado a um site pornográfico. Até à data, as notícias que saíram com informações falsas não foram corrigidas, e continuam a circular nas redes sociais. Pode ver o fact-checking completo aqui.