Diana foi um dos membros da família real britânica mais amada pelos súbditos. No entanto, nos anos 90, também foi responsável por chocá-los. A princesa foi protagonista de um dos casos de traição mais polémicos da realeza, quando se envolveu com James Hewitt, um ex-militar britânico – e as cartas que trocaram podem ser vendidas em leilão a preço de ouro.

No total, há 64 cartas de amor trocadas entre a princesa de Gales e o oficial. Contam com a caligrafia característica de Diana e a correspondência está avaliada em 466 mil libras (mais de 544 mil euros). Quem avaliou a correspondência foi a casa leiloeira britânica Bonhams, que diz ter recusado a oportunidade de as vender.

Em vez disso, está a ser procurado um comprador nos Estados Unidos através da leiloeira Heritage, com sede em Dallas – e parece que já encontraram mesmo um potencial comprador. No entanto, o facto de estas contarem com pormenores íntimos da relação extraconjugal está a fazer aumentar o receio de as vender, diz o "The Sun".

princesa diana e james hewitt
Princesa Diana e James Hewitt

De acordo com a mesma publicação, há um colecionador norte-americano que está pronto a comprar as cartas, escritas entre 1989 e 1991, por 1 milhão de dólares (mais de 917 mil euros). Algumas delas chegaram a ser escritas em papel militar e remontam ao período em que Hewitt, que esteve envolvido com a ex-mulher de Carlos III até 1992, estava na Guerra do Golfo.

Apesar de a venda parecer estar para acontecer, um porta-voz de James Hewitt disse que a Heritage só foi contactada "para avaliar e autenticar as cartas por razões pessoais e para efeitos de seguro", segundo o "Mirror", que acrescentou que o oficial não tinha intenções de as vender.

Em relação ao potencial comprador, tem havido muita especulação. Uma das hipóteses recai sobre o multimilionário ucraniano-americano Mark Ginzburg, 67 anos, uma vez que, em 2010, comprou um colar de diamantes e pérolas que pertenceu a Diana. Outro potencial candidato poderia ser Jim McIngvale, 73 anos, um colecionador do Texas, Estados Unidos.

O caso de Lady Di e James Hewitt durou cinco anos, de 1986 a 1991. A relação veio a público em 1994, quando Anna Pasternak publicou um livro em que contava tudo sobre o affair entre ambos, tendo tido até declarações do próprio militar para corroborar os factos. A princesa Diana acabou por admitir tudo em 1995, ao mesmo tempo que o oficial dava entrevistas a dizer, entre muitas coisas, que pensou em cometer suicídio depois de acabarem tudo.

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A relação extraconjugal de Diana com James Hewitt durou enquanto ainda era casada com Carlos III, de quem se separou em 1992. O divórcio foi finalizado apenas anos mais tarde, em 1996 – mas, antes disso, em 1982 e 1984, o relacionamento deu frutos, tendo nascido William e Harry, respetivamente.

Os termos do acordo demoraram mais de um ano a serem definidos e aceites pelas duas partes. Diana recebeu, na altura, 19,74 milhões de euros (o que equivaleria, em 2024, a 39,4 milhões de euros, além de quase meio milhão de euros por ano), de acordo com o "The Independent". Além disto, Lady Di pôde manter o título de princesa de Gales, embora tivesse perdido o direito a ser referida como "Sua Alteza Real", e continuou a usufruir do apartamento no palácio de Kensington e dos apartamentos da propriedades da família real britânica em St. James.

Em 1997, aos 36 anos, a princesa acabaria por morrer, vítima de um acidente de viação. Numa tentativa de escapar à perseguição dos paparazzi, o fatídico acontecimento teve lugar no túnel da Ponte de l'Alma, em Paris, França, vitimando também o namorado, Dodi Al-Fayed, e o motorista. Apenas o guarda-costas sobreviveu para contar a história, no dia 31 de agosto de 1997.