24 de fevereiro de 1981. Foi há precisamente 43 anos que a princesa Diana e o rei Carlos III anunciaram que estavam noivos. Depois de se conhecerem, quatro anos antes, e de terem saído juntos uma dezena de vezes, o atual monarca do Reino Unido pediu a companheira em casamento no Castelo de Windsor e ela aceitou, embora depois tenha tecido um comentário que a deixou absolutamente desgostosa.

Os fãs da realeza já devem conhecer a rotina dos noivados reais: o casal anuncia a notícia num comunicado, posa para algumas fotografias com o anel e depois participa numa entrevista conjunta sobre o pedido e outros pormenores românticos. Tal como aconteceu com os irmãos William e Harry e as atuais mulheres, Kate e Meghan, também os pais da dupla o fizeram. E foi aí que a polémica irrompeu.

Recorde o momento.

Na entrevista de noivado que concederam à BBC no Palácio de Buckingham, Carlos disse que estava "encantado e francamente espantado" por Diana estar preparada para aceitar casar com ele. Já a princesa Diana, que olhava de forma tímida para quem a entrevistava – a sua imagem de marca, diga-se – descreveu aquele que viria a ser o seu futuro marido como "espantoso".

Quando lhes foi perguntado, aquando da sessão fotográfica, se estavam apaixonados, Diana não hesitou em expressar a certeza do sentimento que nutria pelo atual monarca. "Claro", disse prontamente a princesa, que foi surpreendida com a resposta anticlimática do noivo. "O que quer que 'apaixonados' signifique", disse o próprio.

No momento, Diana, apanhada de surpresa, riu-se de forma desajeitada do comentário, ao qual Carlos acrescentou: " [O significado de] 'Apaixonados' fica ao critério da vossa própria interpretação". Apesar disto, o par acabou por casar-se em julho desse mesmo ano, na Catedral de São Paulo, em Londres, sendo até hoje um dos casamentos mais icónicos de que há memória – e, ao ter sido televisionado, contou com uma audiência de mais de 750 milhões de espectadores, diz a BBC.

diana e carlos
créditos: DR

Embora se pense que o comentário possa não a ter afetado, Diana acabaria por contar ao seu treinador de voz, anos mais tarde, aquilo que lhe passou pela cabeça na altura. As suas declarações foram gravadas e utilizadas num documentário sobre a vida da princesa, "Diana: In Her Own Words", lançado em 2017.

"Pensei: 'que pergunta tão estúpida'. Então, eu disse, "Sim, claro que estamos [apaixonados]". E o Carlos virou-se e disse 'o que quer que 'apaixonados' signifique'", começou por dizer Lady Di. "Isso deixou-me completamente desorientada. Pensei: 'que resposta estranha'. Fiquei traumatizada", rematou.

O casamento de Carlos e Diana durou apenas 11 anos – pelo menos, se tivermos em conta que a separação foi anunciada em 1992. O divórcio só foi concluído anos mais tarde, a a 28 de agosto de 1996 (um ano e três dias antes da morte da princesa de Gales, que aconteceu em Paris, fruto de um acidente de viação). Antes disso, em 1982 e 1984, o relacionamento deu frutos, tendo nascido William e Harry, respetivamente.

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Aquando da separação dos pais, William tinha apenas 10 anos e Harry 8. Frequentavam o colégio de Ludgrove em regime de internato. No acordo de divórcio, foi definida guarda partilhada dos príncipes, que continuavam a frequentar colégios internos, passando poucos dias por ano em casa.

Os termos do acordo demoraram mais de um ano a serem definidos e aceites pelas duas partes. Diana recebeu, na altura, 19,74 milhões de euros (o que equivaleria, em 2022, a 39,4 milhões de euros, além de quase meio milhão de euros por ano), de acordo com o "The Independent". Além disto, Lady Di pôde manter o título de princesa de Gales, embora tivesse perdido o direito a ser referida como "Sua Alteza Real", e continuou a usufruir do apartamento no palácio de Kensington e dos apartamentos da propriedades da família real britânica em St. James.