O casamento de um casal foi anulado depois de a noiva ter dito, em tribunal, que acreditava que a união não tinha passado de uma “farsa” com o objetivo do marido ganhar seguidores no Instagram, avançou o “The Guardian”.
Na decisão do tribunal, que foi divulgada na quinta-feira, 9 de janeiro, o juiz acabou por anular o casamento, que aconteceu em dezembro de 2023, depois de ter concluído que a noiva “acreditava que estava a participar num evento de redes sociais”, em vez de numa cerimónia de casamento legalmente vinculativa.
A noiva contou que conheceu o companheiro numa aplicação de encontros em setembro de 2023 e que se encontraram no dia seguinte numa igreja. Nos três meses seguintes, mantiveram contato, até que, segundo divulgou o tribunal, o noivo convidou a mulher para uma “festa branca” em Sydney, Austrália. A noiva disse que, ao chegar ao local, ficou “chocada” ao descobrir que o homem tinha “organizado um casamento”.
De acordo com o “The Guardian”, a mulher sentiu-se desconfortável e quis ir embora, mas o homem disse-lhe que “era apenas uma brincadeira”.
“Quando cheguei e não vi ninguém de branco, perguntei-lhe: ‘O que é que se passa?’ Ele disse-me que estava a organizar um casamento a brincar para as redes sociais, porque queria divulgar o seu conteúdo e começar a rentabilizar a sua página de Instagram”, revelou a noiva.
Em tribunal, foi exibido um vídeo da cerimónia, que mostrava o casal a trocar votos e alianças. Embora a noiva parecesse entusiasmada na cerimónia, a mesma referiu que não passava de “uma encenação”.
A mulher afirmou que só descobriu que o casamento era, na verdade, legal, depois de o companheiro lhe pedir para que ela adicionasse o seu nome na candidatura para residência permanente. O homem, que tem 17 mil seguidores no Instagram, negou a versão da noiva, ao dizer que lhe tinha feito a proposta do casamento um dia antes da cerimónia.
O homem acrescentou que o casamento foi planeado para ser “íntimo” e que ambos “concordaram com essas circunstâncias”. No entanto, o juiz referiu que essa alegação estava “tão desprovida de detalhes que se tornava quase sem sentido” e que “era difícil de acreditar” que a noiva se tivesse casado com ele em “menos de dois dias” sem ter “nenhum familiar ou amigo presente”.