Os resultados da autópsia ao cirurgião colombiano Edwin Arrieta revelaram que este morreu após ter sido esquartejado por Daniel Sancho, filho do ator espanhol Rodolfo Sancho e de Silvia Bronchalo, segundo assegurou Surachate Hakparn, subdiretor da polícia tailandesa encarregado da investigação do crime, à “EFE”.
“Já temos o resultado definitivo da autópsia. Primeiro eles discutiram, segundo as provas da cena [do crime]. Daniel deu-lhe um soco, depois o médico [Arrieta] caiu e bateu com a cabeça no lavatório, mas resistiu. Ele não morreu naquele momento, mas sim quando [Daniel Sancho] começou a cortar-lhe a garganta, segundo a autópsia”, explicou Surachate.
O subdiretor garantiu também que já tem “provas suficientes” e espera que o relatório da investigação seja enviado ao Ministério Público esta semana, para que o julgamento possa começar entre três a seis meses. Surachate afirmou que o caso “já está encerrado” e que foi “resolvido rapidamente”, revela o “El Mundo”.
Daniel Sancho, 29 anos, encontra-se na prisão de Koh Samui, no sul da Tailândia, desde o dia 7 de agosto, depois de ter sido acusado de homicídio premeditado e após ter confessado no dia 4 de agosto que matou o cirurgião de 44 anos e que o desmembrou posteriormente. Ambos eram amigos e estavam a passar férias na Tailândia. A 2 de agosto, Edwin foi dado como desaparecido e, um dia depois, a polícia encontrou sacos pretos com várias partes do seu corpo, sendo que este foi cortado em 14 partes.
O motivo inicial que levou Daniel Sancho a cometer o crime terá sido ciúmes. O chef terá contado ao cirurgião que iria casar-se com a namorada, Laura, de 28 anos, e quis terminar a relação que ambos mantinham. Isso levou a uma discussão e a uma agressão fatal. Contudo, este explicou às autoridades que o motivo que o levou a matar Edwin foi para se defender e à sua família, dado que estariam a ser ameaçados, segundo a “Lecturas”.
A mãe do jovem espanhol viajou até à Tailândia para visitar o filho e pretende ir vê-lo diariamente, embora esteja “arrasada” e em “estado de choque” com o crime. Já o pai continua em Espanha, em Fuerteventura. Apesar de estar em constante contacto com a embaixada e a acompanhar o caso do filho, quis manter-se no seu país para resguardar a filha mais nova, de 8 anos, de toda a polémica.