Depois da morte de nove turistas na República Dominicana devido à ingestão de bebidas contrafeitas, o problema alargou-se até à Costa Rica. Desde junho que já foram hospitalizadas 59 pessoas e 25 morreram por envenenamento. Segundo um comunicado oficial, citado pela revista "Travel & Leisure", as vítimas foram 19 homens e seis mulheres com idades compreendidas entre os 32 e os 72 anos.

Em declarações à imprensa local, o Ministro da Saúde já fez saber que foram fechados cerca de dez estabelecimentos suspeitos de vender álcool contrafeito. No total, foram confiscadas cerca de 55 mil garrafas de álcool que terão sido adulteradas com metanol ou outros pesticidas letais para a saúde humana

Segunda a revista "USA Today", o metanol é uma substância incolor e tóxica geralmente adicionada para dar volume à garrafa. A ingestão de álcool contrafeito pode causar cegueira, danos no fígado ou, em casos extremos, a morte.

Bebidas contrafeitas podem estar na origem das mortes de turistas na República Dominicana
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E os sintomas reportados por pacientes hospitalizados são vários: desde sonolência à dor de cabeça, registam-se ainda episódios de vómitos, convulsões e insuficiência cardíaca.

Apesar de nenhuma das vítimas de envenenamento na Costa Rica seja americana, a embaixada dos Estados Unidos recomendou aos seus cidadãos que "evitassem consumir álcool" de várias marcas.

É o caso da Guardo Montana, Guaro Gran Apache, Aguardiente Estrela, Aguardiente Barón Rojo, Aguardiente Timbuka e Molotov Aguardiente — já que são consideradas as principais suspeitas de adulterar os seus produtos.

Nos Estados Unidos da América esta é uma realidade não muito comum, em parte devido à forte regulação sobre a produção e comércio de bebidas alcoólicas.

Porém, é um dos maiores problemas em países como a Índia — onde desde 2019 já se registaram pelo menos 154 mortes e outras 100 hospitalizações por envenenamento.