Foram identificadas pelos 85 crianças nos Estados Unidos com uma doença rara e perigosa que poderá estar relacionada com o novo coronavírus. Esta doença foi identificada até agora em sete estados, avança a “NBC News”. Por ser pouco conhecida e estudada só esta semana recebeu um nome oficial: síndrome pediátrico inflamatório de multissistemas.

A maioria destes casos concentra-se no estado de Nova Iorque, onde também se encontra o maior número de pessoas infetadas pela COVID-19 nos Estados Unidos. Fora desta área já foram identificados casos em Boston, Filadélfia, Los Angeles, Delaware, Louisiana, Seattle e Washington.

Nesta última cidade encontram-se dois pacientes com esta nova e misteriosa doença, mas estão 15 crianças internadas nos cuidados intensivos por terem tido uma resposta inflamatória à COVID-19. Ainda não é conhecido se estas 15 crianças sofrem da nova doença ou não, avança a mesma publicação.

Criança portuguesa com reação inflamatória rara associada à COVID-19
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“Todas as crianças têm algum tipo de inflamação grave”, explicou Michael Bell, chefe de medicina intensiva no Children National Hospital, em Washington, ao “NBC News”. “Acho que faz parte de algum espetro da doença [COVID-19] que está a evoluir à medida que aprendemos mais sobre as suas infeções e consequências”. Apesar disto, ainda é cedo para concluir se de facto esta nova doença é resultado da COVID-19 ou não – até porque alguns dos pacientes testados foram resultados negativos.

O chefe da pediatria do hospital de Filadélfia explicou à mesma publicação que ainda se está à espera da prova para ter a certeza que esta nova doença está associada à COVID-19. Ainda assim não deixa de referir que “é uma suspeita”.

Esta nova doença, do qual pouco se sabe, apresenta sintomas como febres altas, diarreia severa, erupções cutâneas e muitas vezes olhos vermelhos ou conjuntivite. Mas, o sintoma mais preocupante tem que ver com a capacidade cardíaca. “A característica mais preocupante é que eles têm problemas com a função cardíaca. O coração não está a trabalhar tão bem quanto deveria e por isso os pacientes precisam de medicação para ajudar a que a pressão arterial se mantenha alta”.