Cinco crianças, com idades compreendidas entre os 7 e os 11 anos, foram detidas e levadas para a esquadra de Presnenskoye, em Moscovo, na Rússia, depois de esta terça-feira, 1 de março, terem saído de casa com as mães, carregando flores e cartazes coloridos a apelar à paz, que tentaram colocar junto à embaixada da Ucrânia naquela cidade.

Alexandra Arkhipova, antropóloga e professora na Universidade Estatal Russa para as Humanidades, foi quem denunciou a situação através da rede social Facebook.

"Isto é um momento histórico". Presidente da Ucrânia assina pedido para entrar na União Europeia
"Isto é um momento histórico". Presidente da Ucrânia assina pedido para entrar na União Europeia
Ver artigo

"Foram todos detidos pela polícia, que os manteve primeiro numa carrinha e que depois os levou para a esquadra de polícia de Presnenskoye. Os telefones foram retirados às mães e os polícias gritaram e ameaçaram estas corajosas mães e as suas crianças, dizendo-lhes que os filhos vão ser entregues à segurança social e que elas vão perder os seus direitos parentais", escreveu Alexandra Arkhipova apelando à ajuda da comunidade, jornalistas e ativistas dos direitos humanos.

Na publicação, são ainda partilhadas imagens das crianças que mostram o que está a ser relatado.

As mães Ekaterina Zavizion e Olga Alter e as crianças, Sofya e Liza Gladkova, de 7 e 11 anos, e Gosha, Matvey e David Petrov, de 11, 9 e 7, foram entretanto libertadas quando o advogado chegou, noticiou o jornal russo Новая Газета com base na atualização do caso feita por Alexandra Arkhipova.

Mais tarde, a professora na Universidade Estatal Russa para as Humanidades, que refere que agora as mães vão enfrentar um julgamento em tribunal, partilhou um vídeo que ilustra o terror vivido pelas crianças. "Que crime terrível — as crianças fizeram um cartaz", ironizou Alexandra Arkhipova.