A segunda temporada de "Emily in Paris" já está disponível na Netflix desde 22 de dezembro e tem dominado as tendências da plataforma de streaming. No entanto, depois de ter enfurecido os franceses pela forma como retratou a cultura parisiense ao longo da primeira temporada, volta a ser acusada de estereotipar culturas alheias à americana. E, desta vez, o ministro da Cultura da Ucrânia,  Oleksandr Tkachenko, acusa a série de retratar o povo ucraniano de forma "insultuosa" e "inaceitável" ao longo dos dez novos episódios.

Já chegaram os novos episódios de "Emily In Paris". Saiba onde comprar os looks (até na Zara)
Já chegaram os novos episódios de "Emily In Paris". Saiba onde comprar os looks (até na Zara)
Ver artigo

"É assim que os ucranianos são vistos no exterior? Como pessoas que roubam, que querem tudo de graça e que têm medo de ser deportados?", rematou, em declarações ao "Mirror". No cerne da polémica está a forma como Petra, uma personagem ucraniana interpretada por Daria Panchenko, é retratada ao longo da segunda temporada, onde surge como uma mulher com um "fraco sentido de moda", que expressa constantemente o receio de ser deportada.

"Em 'Emily in Paris' temos uma imagem caricaturada da mulher ucraniana que é inaceitável. E também ofensiva", avança Oleksandr Tkachenko, que fez questão de expressar o seu descontentamento através de uma carta endereçada à plataforma de streaming. À mesma publicação, garante que a resposta foi "bastante diplomática", mas revela que a plataforma de streaming se mostrou disposta a manter "contacto próximo" para prevenir futuros incidentes.

Há um lusodescendente na nova temporada de "Emily in Paris". Saiba tudo sobre o ator
Há um lusodescendente na nova temporada de "Emily in Paris". Saiba tudo sobre o ator
Ver artigo

A visão do ministro foi sustentada pelo influenciador ucraniano Eugenie Hawrylko, que questiona como "ainda há lugar para tal ignorância e intolerância", em pleno século XXI, noticia a mesma publicação britânica.

Recorde-se de que esta não é a primeira vez que a série protagonizada por Lily Collins é alvo de severas críticas com base na forma como retrata diferentes culturas. Em 2020, na sequência da  estreia da primeira temporada, "Emily in Paris" enfureceu vários espectadores franceses pela forma alegadamente ofensiva como retratou a cultura parisiense. Da falácia de que os franceses se recusam a trabalhar ao fim de semana às roupas que Emily utiliza para se integrar, vários foram os temas que estiveram na base da onda de críticas.

Ao longo da primeira temporada, o foco está em Emily, uma jovem que decide mudar-se para Paris e depressa se rende aos luxos daquela que é considerada a cidade romântica. Já na segunda temporada, que já está disponível na Netflix, a jovem americana continua em França, a tentar encontrar o seu lugar tanto na empresa como no coração dos seus pretendentes.