Um brigadeiro envenenado. Foi esta a causa de morte de Luiz Marcelo Ormond, um empresário brasileiro de 45 anos que morreu em maio deste ano. Há seis pessoas indiciadas pela sua morte, das quais a namorada da vítima, Júlia Cathermol Pimenta, que foi a última pessoa com quem foi visto, é exemplo, diz o "Correio da Manhã".
Luiz foi visto pela última vez a 17 de maio nas câmaras de videovigilância no elevador do prédio onde morava no Rio de Janeiro. Três dias depois, foi encontrado morto, já num avançado estado de decomposição – e isso só aconteceu porque os vizinhos reclamaram de um cheiro nauseabundo.
Segundo a mesma publicação, o cadáver de Luiz estava no sofá, perto de várias ventoinhas ligadas, cujo objetivo passava por abafar o odor. Ao que tudo indica, Júlia terá passado três dias no apartamento na presença do corpo, uma vez que foi avistada pelo porteiro nos dias 18,19 e 20 no prédio.
A polícia acredita que a companheira do empresário terá colocado morfina moída numa sobremesa oferecida ao companheiro, culminando na morte do mesmo. Para cometer o crime, foi ajudada por Suyany Breschak, uma amiga que lhe auxiliou a chegar à dosagem da morfina indicada para colocar no brigadeiro – cerca de 50 comprimidos de morfina.
De acordo com a investigação, Julia devia dinheiro à amiga, pelo que se estima que esta terá sido uma das motivações do crime. Contudo, depois de o matarem, a dupla desentendeu-se e, nas mensagens trocadas por ambas, Suyany Breschak tentou desresponsabilizar-se. "Mataste-o e disseste-me depois. Fizeste-o sozinha, ninguém te mandou fazer isto", escreveu.
Contudo, haverá mais envolvidos, segundo a polícia, que indiciou Leandro Cantanhede e Victor Chaffin. Estes ter-se-ão apropriado de bens que pertenciam ao empresário, como o carro, duas pistolas, computadores, telemóvel, ar-condicionado, 12 relógios e outras joias, e de terem tentando negociá-los posteriormente. Leandro era namorado de Suyany e amigo de Victor, continua o "Correio da Manhã".
Júlia Cathermol e Suyany Breschak foram detidas sob a acusação de por homicídio triplamente qualificado. Para a polícia, a amiga da companheira de Luiz Marcelo Ormond é a mandante do crime, diz "O Globo".