Hamaad Raza estava no aeroporto à espera que a mulher, Asra Hussain, aterrasse quando o impensável aconteceu. Depois de ver vários veículos de emergência a sair do aeroporto e se aperceber de uma grave agitação no local, foi ao X e percebeu que um avião que voava em direção ao Aeroporto Nacional Ronald Reagan, em Washington D.C, se tinha despenhado — o mesmo avião onde seguia a sua mulher.

"É o tipo de coisas que vês nas notícias, que vês a acontecer noutros países (...) E depois chego ao aeroporto, a minha mulher não está a responder às mensagens, vou ao X e percebo que é o voo dela", disse Hamaad Raza a uma filial da NBC, tal como escreve a revista "People".

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O acidente aconteceu esta quarta-feira, 29 de janeiro (madrugada de quinta-feira, 30, em Portugal), quando um avião comercial com 64 pessoas a bordo (60 passageiros e quatro tripulantes) chocou com um helicóptero militar, que transportava três militares, junto ao Aeroporto Nacional Ronald Reagan, em Washington D.C.. Ambas as aeronaves caíram no rio Potomac e não existiram sobreviventes.

Hamaad Raza começou a perceber que algo se passava quando as mensagens que enviou à mulher não foram entregues. Isto porque Asra Hussain ainda conseguiu avisar o marido que estava a "20 minutos de aterrar". No entanto, Hamaad Raza nunca teve uma resposta.

"Ela era uma mulher bonita, brilhante, sempre bem-disposta, com um lado artístico", disse Hashim Raza, o sogro da vítima. "Era mesmo boa pessoa e fico honrado de ter sido sogro dela nos últimos dois anos."

Atualmente, Hamaad Raza, o marido, aguardo por notícias para saber quando lhe será possível obter o corpo da mulher para ser feito o funeral. De acordo com os últimos dados relatados pela CBS News, as autoridades já conseguiram resgatar 41 corpos de um total de 67 mortos no acidente.

"A vida é curta. Abracem os vossos. Digam-lhes que os amam quando eles estiverem a entrar num avião. Saibam deles. Mandem mensagem aos vossos familiares quando aterrarem", disse Hamaad Raza.