Seis homens e uma mulher foram expulsos do ginásio Academia Unique, localizado no Brasil, na última quinta-feira, 11 de julho, após uma festa na banheira, mas garantem que não desrespeitaram as regras. Os alunos acusam o estabelecimento de tomar a decisão de forma inadequada e sem qualquer explicação e acreditam que possam ter sido vítimas de homofobia e gordofobia, relata o "Metrópoles".
Na quinta-feira, os alunos receberam, através da aplicação WhatsApp, um comunicado do ginásio por decisão unilateral, conta a mesma publicação. Nessas mesmas mensagens, enviadas de forma individual, uma funcionária, em nome do espaço, ressalta que a expulsão ocorreu "devido à violação das regras conforme previsto na cláusula contratual", que poderá estar relacionado com a "prática de qualquer conduta ofensiva, ilegal ou que, de alguma maneira, cause perturbação ao ambiente", menciona o mesmo meio de comunicação. Dois jovens, revoltados com a situação, solicitaram a rescisão do contrato antes de serem notificados da expulsão.
Um dos alunos revelou ao "Metrópoles" que seis dos sete alunos se identificam e pertencem à comunidade LGBTQIA+. Segundo o mesmo aluno, terá havido preconceito por parte do espaço, não só de homofobia, mas também de gordofobia. "Eu entendo que a expulsão foi um ato nada razoável. Se isso não é homofobia, não sei o que é. O que há mais de no facto de terem nove pessoas na banheira?", disse ao jornal. "Também vejo gordofobia neste caso. Nós somos quem somos, e talvez isso incomode por não nos encaixarmos em padrões", reiterou.
Depois da expulsão, o grupo procurou respostas e explicações, mas não conseguiram ser esclarecidos. Já o ginásio, num comunicado oficial através do WhatsApp, alegou a alguns alunos que a banheira suportava apenas três pessoas e que tinha limite de peso. Devido à quebra dos contratos, a unidade ressarciu os valores monetários a cada aluno, conta a mesma publicação jornalística.
Alguns dos alunos expulsos já teriam falado com o espaço devido à falta de representatividade e, de acordo com os mesmos, o local não é acolhedor para a comunidade LGBTQIA+. Como tal, questionaram o ginásio do porquê de não terem celebrado o Dia do Orgulho LGBTQIA+, a 28 de junho, questão a que os donos do estabelecimento contestaram. "Eu vou fazer o Dia do Orgulho Hétero também?", afirmando que o ginásio segue os valores da igreja católica, destaca o jornal brasileiro.