Na ausência de uma vacina que se mostre eficaz contra a COVID-19, os idosos poderão ter de se isolar até, pelo menos, ao final do ano. Quem o diz é Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, cuja entrevista faz parte da edição deste domingo, 12 de abril, do jornal alemão "Bild".
Segundo Von der Leyen, enquanto não houver vacina vai ser necessário "limitar, tanto quanto possível, os contactos" das pessoas seniores e, em particular, aquelas que residam em lares que, por pertencerem ao grupo de risco mais afetado pelo surto pandémico, estejam numa maior situação de fragilidade.
"Sei que é difícil e que o isolamento pesa, mas esta é uma questão de vida ou de morte. Devemos manter-nos disciplinados e pacientes", explicou ao mesmo jornal.
E adiantou ainda que toda a Comissão Europeia aguarda com expectativas o desenvolvimento de uma vacina por um laboratório europeu até ao final do ano.
Até se chegar ao desfecho desejado, Von der Leyen diz que vão ser as crianças e os jovens os que mais cedo vão poder desfrutar da liberdade de movimento. Precisamente porque não fazem parte do grupo de risco como aqueles de idade avançada ou os que já sofrem de antecedentes médicos.
À data da publicação deste artigo, há 1.783,941 casos de infeção por COVID-19 em todo o mundo e 109.312 mortes. Os dados da Direção Geral de Saúde referentes ao número de contágios registados até sábado, 11 de abril, dá conta de 15.987 infetados e 470 mortes — sendo o 15.º país do mundo onde há mais doentes contabilizados.