Uma editora de um blogue de moda está a ser criticada pelos donos de um restaurante onde esteve depois de ter deixado uma crítica negativa ao espaço e de, alegadamente, ter saído sem pagar a conta. O total chegou quase aos 300 dólares (260 euros), e o casal dono do restaurante acabou por ter de pagar o valor do próprio bolso para não sair prejudicado. Tanto os donos como a editora já contaram a sua versão.
Ao que tudo indica, segundo a “People”, Bella Blue e o marido, Andrew Principe, são os proprietários do restaurante, com o nome de Pulcinella!. Os dois foram contactados por Diane Kronstad, editora do blogue Fashions Digest, que lhes mandou uma mensagem a perguntar se podia visitar o espaço e criar conteúdo. Os donos ainda perguntaram se era necessário pagar a visita da editora ao restaurante, mas Diane Kronstad respondeu que não, e que estaria lá com uma outra criadora de conteúdo.
Na entrevista feita à revista norte-americana, Andrew Principe explicou que as duas tinham chegado atrasadas, e que tinham pedido "praticamente tudo o que havia no menu", incluindo várias bebidas e vinho. O total chegou quase aos 300 dólares, o que é algo inédito para o restaurante, uma vez que o valor médio ronda os 40 dólares por pessoa (34 euros). Quando chegou o momento de pagar, o dono do espaço afirmou que a editora e a criadora de conteúdos se recusaram a fazê-lo.
Andrew Principe acabou por pagar a conta do próprio bolso, deixando ainda uma gorjeta ao próprio empregado. "As pessoas não sabem o que é ter um restaurante. Há tantas armadilhas, tantos desafios, e esta cultura dos influenciadores é um deles”, disse. “Trabalhamos com gosto com influenciadores éticos, mas dizerem-nos que não precisam de nada e depois aparecerem para consumir uma das contas mais altas por pessoa que já tivemos é ofensivo”, continuou.
E depois de ter deixado o restaurante sem pagar, Diane Kronstad foi mais longe e deixou uma crítica negativa na avaliação do Google do restaurante. A editora escreveu que a comida era "mediana, no melhor dos casos, embora com preços de restaurante de luxo de uma zona muito mais nobre de Nova Orleães", e classificou a localização como "duvidosa". Andrew Príncipe respondeu à avaliação dizendo que tinha apresentado queixa à polícia - que acabou por ser rejeitada -, e Diane Kronstad editou a sua crítica a seguir, deixando claro que a reação do restaurante era "completamente desequilibrada".
Num comunicado enviado à “People”, a editora decidiu também expor a sua versão, dizendo que costuma contactar negócios locais para "destacar a cena local vibrante através de fotos, vídeos e storytelling honesto", e que não cobra aos restaurantes pela divulgação. Quanto ao atraso, Diane Kronstad explicou que o seu voo se atrasou e ligou para o restaurante a explicar a situação, garantindo que tinha sido recebida com bastante frieza.
"Não houve qualquer apresentação por parte do gerente ou do dono, algo que normalmente acontece nestas visitas. Se alguém tivesse vindo definir expectativas ou simplesmente dizer ‘olá’, acredito que toda esta confusão sobre pagamento e oferta teria sido evitada”, disse. "Para ser clara, eu nunca espero refeições gratuitas. Mas no mundo das relações públicas da restauração, é prática comum oferecer comida e bebida em troca de conteúdo de qualidade, especialmente quando os criadores oferecem algo que os restaurantes podem reaproveitar”, continuou.
Diane Kronstad também afirmou que o "tom mudou drasticamente" quando os donos se aproximaram no fim da refeição, alegando que lhe tinha sido dito que a refeição ficava paga se ela deixasse uma gorjeta. "Tínhamos toda a intenção de deixar gorjeta, mas naquele momento a situação pareceu-nos insegura e imprevisível," disse, acrescentando que Andrew Principe lhes levantou a voz e acabou mesmo por seguir as duas até ao carro. "Desde essa noite, recebi milhares de mensagens abusivas. Independentemente de como tudo começou, ninguém devia ser alvo desse tipo de ataque”, rematou.