Numa carta enviada a Zuckerberg, citada pela agência Associated Press (AP), um grupo bipartidário de 44 procuradores-gerais mostram-se preocupados com os efeitos das redes sociais no bem-estar físico e emocional das crianças, bem como com o possível aumento do cyberbulling, e apelam a que Mark Zuckerberg, fundador do Facebook, abandone os planos de criação de uma versão da rede social Instagram para menores de 13 anos.

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Atualmente, os regulamentos de privacidade do Instagram estabelecem que apenas maiores de 13 anos estão autorizados a ter uma conta nesta rede social detida pelo Facebook. Neste sentido, os procuradores fizeram questão de frisar que acham que a mesma pode ser perigosa para crianças e relembraram o "histórico irregular" da empresa no que diz respeito à  proteção das crianças nas suas plataformas.

"Parece que o Facebook não está a responder a uma necessidade, mas a criar uma, tendo em conta que esta plataforma pode atrair crianças que, de outra forma, não teriam uma conta no Instagram", lê-se no documento, assinado por procuradores de 40 Estados e citado pelo "Diário de Notícias".

O anúncio de que o Facebook está a explorar uma versão do Instagram para crianças foi feito pela própria empresa que referiu ter em vista dar aos pais um maior controlo, garantindo que tudo fará para protegê-las.

A procuradora-geral de Massachusetts, Maura Healey, considera ser "vergonhoso" que o Facebook esteja a ignorar uma "ameaça real" para a segurança e bem-estar das crianças, privilegiando o lucro através de um "segmento vulnerável", disse ainda em comunicado.