James Heaps, um ex-ginecologista da Universidade da Califórnia (UCLA), em Los Angeles, foi condenado na quarta-feira, 26 de abril,  a 11 anos de prisão por ter abusado sexualmente de cinco pacientes entre 2014 e 2018. As acusações já vieram a público em outubro de 2022, época em que acabou por ser absolvido de sete outras acusações. Porém, o ex-médico de 66 anos vai mesmo ser condenado por três crimes de agressão sexual mediante fraude, e por dois de penetração sexual de duas pacientes.

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Ainda no ano passado, o gabinete do procurador distrital de Los Angeles emitiu um comunicado onde relatava que o júri responsável pelo caso ainda não tinha chegado a um veredito final relativamente a três acusações de agressão sexual por fraude, quatro acusações de penetração sexual de pessoa inconsciente, e duas acusações de exploração sexual de uma paciente, noticia a "People". "Embora respeitemos as decisões dos jurados sobre as acusações absolvidas, estamos obviamente desapontados", declarou George Gascón, o procurador distrital.

Apesar das acusações de que acabou por ser absolvido, na quarta-feira, 26 de abril, James Heaps acabou mesmo por ser declarado pelo tribunal como agressor sexual, e foi declarado culpado de cinco crimes sexuais. Mais de 500 ações judicias terão sido apresentadas contra Heaps e a Universidade da Califórnia, instituição que está a ser acusada de não ter protegido as vítimas, após as acusações de má conduta por parte do profissional se terem tornado de conhecimento público, escreve a "ABC7"

De acordo com o "The Los Angeles Times", as pacientes que acusaram o ex-ginecologista declararam que o médico "apalpou-as, penetrou-as com a mão sem utilizar uma luva, e cometeu atos de estimulação sexual sob o pretexto de exames médicos".

"O abuso sexual sob qualquer forma é inaceitável e representa uma violação indesculpável da relação médico-paciente. Lamentamos profundamente que um antigo médico da UCLA tenha violado as nossas políticas e normas, a nossa confiança e a confiança dos seus pacientes", escreveram o chanceler, Gene Block, e o vice-chanceler, John Mazziotta, da Universidade da Califórnia numa carta aberta redigida ainda em 2019, após as queixas começarem a ser públicas.

A UCLA vai pagar uma indemnização de 700 milhões de dólares (mais de 630 milhões de euros) às vítimas do caso, revela o "The Washington Post".