O polémico influenciador Andrew Tate e o irmão vão continuar detidos na Roménia até 27 de fevereiro. A decisão foi tomada esta sexta-feira, 20 de janeiro, pelo tribunal de Bucareste.
A detenção ocorreu no dia 29 de dezembro de 2022 na sequência de alegadas violações, crime organizado e tráfico humano e já é a segunda vez que o período de detenção é prolongado.
As autoridades romenas já fizeram buscas a 12 casas e, até agora, detiveram quatro suspeitos, Andrew Tate, o irmão e duas mulheres. Segundo a "CNN", a DIICOT, agência romena de anticrime organizado, alega que os quatro suspeitos formavam um grupo criminoso de tráfico humano que operava entre a Roménia, Grã-Bretanha e Estados Unidos.
Dois dos suspeitos, Andrew Tate e o irmão, terão aliciado as vítimas, fazendo parecer que queriam uma relação amorosa e viver com elas, e levaram-nas até à Roménia onde, com violência, as exploravam sexualmente. Um dos suspeitos terá violado uma mulher em duas ocasiões distintas em março de 2022. A DICCOT avançou que já foram identificadas seis vítimas de crimes sexuais praticados por este grupo.
Na segunda-feira, 16, as autoridades romenas apreenderam 29 bens a Andrew Tate no valor de quase 4 milhões de dólares. A agência de Recuperação e Gestão de Ativos (ANABI) informou que foram apreendidos carros e relógios de luxo, e dinheiro em várias moedas.
Andrew Tate é um ex-kickboxer profissional britânico de 36 anos que se tornou influenciador digital graças aos seus discursos de ódio face às mulheres. Conta com mais de 4,5 milhões de seguidores no Twitter e defende abertamente a violência contra as mulheres, ao ponto de já ter sido banido de redes sociais como o TikTok.