Quase seis meses depois, foi formalizada a acusação relativa ao acidente de 18 de junho na A6, que matou Nuno Santos. O despacho da acusação do DIAP de Évora determina que o motorista de Eduardo Cabrita, ministro da Administração Interna, seguia a 166 km/h, sendo assim formalmente acusado de homicídio por negligência.
A notícia é avançada esta sexta-feira, 3 de dezembro, pelo Observador. O jornal online cita o despacho do Departamento Central de Investigação e Ação Penal de Évora, que determinou que Marco Pontes, motorista que se encontrava ao serviço naquele dia, seguia na via da esquerda, a uma velocidade acima do limite determinado por lei para circulação em autoestrada (120km/h). Procuradora do Ministério Público diz ainda que o motorista não teve uma "condução segura".
De acordo com o artigo 137º do Código Pena, o crime de homicídio por negligência "é punido com pena de prisão até três anos ou com pena de multa". Marco Pontes é ainda acusado de duas contraordenações, segundo avança a SIC Notícias.
Nuno Santos, de 43 anos, encontrava-se naquele troço da A6 a executar, juntamente com uma equipa, trabalhos de limpeza na berma direita da A6. Foi atropelado mortalmente pelo veículo onde seguia o ministro da Administração Interna. Deixa mulher e duas filhas menores.