María Branyas Morera, a mulher mais velha do mundo, que era também a pessoa mais velha do mundo até ao momento, morreu aos 117 anos na residência onde vivia há mais de duas décadas, avançou esta terça-feira, 20 de agosto, a família. A mulher espanhola, que entrou agora no oitavo lugar da lista dos supercentenários (pessoas que ultrapassaram os 110 anos), morreu “tranquila” enquanto dormia.
“Maria Branyas deixou-nos. Ela morreu como queria: a dormir, tranquila e sem dor”, escreveu a família na conta do X (antigo Twitter) da mulher, onde era conhecida como “Super Àvia Catalana” e onde a família retratava várias das suas memórias através de frases e fotografias. Além disso, deixaram também as últimas palavras de Maria, que não deixaram ninguém indiferente nos comentários.
“Um dia vou-me embora daqui. Não voltarei a provar café, nem a comer iogurte… Deixarei também os meus registos, as minhas reflexões, deixarei de existir neste mundo. Um dia que não sei, mas que está muito próximo, esta longa viagem terminará. A morte encontrar-me-á esgotada por ter vivido tanto tempo, mas quero que me encontre a dormir, livre e satisfeita”, escreveram.
A mulher de 117 anos morreu em Olot, na residência de Santa Maria del Tura, em Girona. A filha, Rosa, explicou que no último ano a mãe sofreu um “lento declínio”, mas que não experienciou nenhuma dor porque não tinha nenhuma doença. No entanto, Maria Branyas já tinha perdido a visão, a audição e um pouco da memória, assim como a mobilidade, uma vez que não conseguia andar sozinha, segundo a SAPO.
O Guinness World Records, de acordo com o jornal “Correio da Manhã”, reconheceu oficialmente o estatuto da mulher espanhola como a pessoa mais velha do mundo em janeiro de 2023, depois do falecimento da freira francesa Lucile Randon, aos 118 anos. Além deste recorde, Maria Branyas Morena foi também a pessoa mais velha do mundo a superar a Covid-19 em 2020, aos 113 anos. Agora, a pessoa mais velha é a japonesa Tomiko Itooka, de 116 anos, nascida em 1908.