Uma mulher com 66 anos foi encontrada viva dentro de um saco para cadáveres numa funerária, depois de ser declarada morta por engano no dia 3 de janeiro no Glen Oaks Alzheimer’s Special Care Center, no estado norte-americano do Iowa, avança o "Daily Mail". A mulher regressou aos cuidados paliativos, onde estava desde 28 de dezembro por ter demência precoce, ansiedade e depressão, e acabou por morrer a 5 de janeiro.

O lar onde se encontrava foi multado em 10 mil dólares (cerca de 9,1 mil euros) depois de a funerária descobrir que a mulher foi enviada dentro de um saco de cadáveres, ainda viva e com falta de ar, segundo o Departamento de Inspeção e Apelações de Iowa. Contudo, segundo o sargento Corey Schneden, porta-voz do Departamento da Polícia de Ankeny, o lar não está a ser processado criminalmente, avança o jornal "The Des Moines Register".

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Os funcionários da funerária abriram o saco e observaram que o peito da mulher ainda se mexia e que estava com falta de ar, dando o alerta. A mulher foi levada para o Hospital Mercy West Lakes, depois de conseguirem registar pulso e respiração superficial, voltando para os cuidados paliativos, onde acabou por morrer junto da família.

Um membro da equipa de Glen Oaks, que fez um turno de 12 horas e estava na equipa que cuidava da mulher, contou aos investigadores que, no início do dia 3 de janeiro, disse a uma enfermeira que esta não respirava e que não tinha pulso, algo que a enfermeira confirmou. Ainda a avaliaram durante cinco minutos antes de declarar o óbito por volta das 6h30, horário local, cerca de 90 minutos depois do primeiro relatório do funcionário.

Além disso, a enfermeira afirma que verificavam a mulher “a cada hora durante a noite” para administrar morfina e lorazepam como estava prescrito, para dar conforto e que não havia sons respiratórios nem movimentos do abdómen, bem como não foi detectado pulso com o estetoscópio. Ainda, o funcionário da funerária e uma outra enfermeira que colocaram o corpo da mulher no saco, cerca de uma hora depois, também não detectaram sinais de vida.

“Todos os nossos funcionários recebem formação regular sobre a melhor forma de apoiar os cuidados de fim de vida e a transição para a morte para os nossos residentes”, afirmou Lisa Eastman, diretora executiva do Glen Oaks Alzheimer’s Special Care Center. Contudo, o Glen Oaks já tinha sido multado em 500 dólares (cerca de 458 euros) em fevereiro de 2022, uma vez que o Iowa Capital Dispatch descobriu que cinco trabalhadores não receberam a formação necessária para trabalhar numa instituição deste género.