Mais um programa, mais uma semana de dores de cabeça para a família real britânica. Desta feita, é o Channel 4 que transmite este domingo, 21 de março, um documentário intitulado "Queen Elizabeth: Love, Honour and Crown". O formato de 60 minutos vai percorrer os quase 70 anos de reinado da monarca britânica e dar voz a vários especialistas em realeza.

Um deles, Clive Irving, não poupa nos comentários sobre a difícil relação entre Isabel II e o filho mais velho, Carlos. O especialista diz que a rainha se sente "constantemente frustrada" com o primogénito e que este "nunca estará à altura" do seu sentido de dever. O perito em assuntos relacionados com a casa real, citado pelo “Daily Mail” revela ainda que a rainha "nunca percebeu" o filho mais velho e que se sente "baralhada" com a sua postura. 

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Estas revelações não são propriamente uma novidade, embora nunca tenham sido confirmadas ou documentadas por nenhuma das partes envolvidas.O que é certo é que a História nos prova que Carlos, o filho mais velho da rainha e do duque de Edimburgo, sofreu, desde pequeno, com o afastamento dos pais. Essa relação distante e por vezes problemática, agravada no início da idade adulta com a questão da sua relação com Camilla Parker-Bowles e o casamento com Diana, faz parte do imaginário popular e está amplamente retratada na série da Netflix "The Crown" e no filme "A Rainha".

Mas o especialista vai mais longe e revela qual o filho favorito da rainha. "Até hoje ela é abertamente mais carinhosa e complacente com André do que com Carlos", afirma Clive Irving. A rainha Isabel II, de 94 anos e o duque de Edimburgo, de 99 têm quatro filhos. Carlos, de 72 anos, Ana, de 70, André, de 61 e Eduardo, de 57.

Aquele que, aparentemente, não representa uma deceção para a monarca é o príncipe William, segundo na linha de sucessão ao trono britânico. “Ele é o único que compreende e respeita o sentido de dever da rainha. Todos os que a rodeiam não chegam a esse patamar. A própria família não consegue chegar a esse nível. Carlos não chega a esse nível", diz ainda Irving.

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Este documentário estreia três semanas depois da explosiva entrevista do príncipe Harry e de Meghan Markle a Oprah Winfrey. Na conversa de quase duas horas, que foi transmitida no canal norte-americano CBS a 7 de março, os duques de Sussex revelaram, entre outros temas, alegadas conversas com um membro da família real britânica sobre o tom de pele do filho, Archie.

A entrevista provocou uma onda de reações pelo o mundo inteiro, com figuras como Hillary Clinton, Beyoncé e mesmo Michelle Obama a virem a público apoiar o casal.

A casa real britânica reagiu em comunicado, garantindo que as acusações de racismo irão ser investigadas. "A família inteira fica triste ao saber de como os últimos anos foram difíceis para Harry e Meghan. As questões levantadas, principalmente as de racismo, são preocupantes. Embora as memórias possam variar, são levadas muito a sério e serão tratadas pela família em privado".