Ao 12.º dia de confrontos, a invasão russa à Ucrânia não mostra sinais de abrandamento, com várias rondas de negociações a saírem frustradas, bem como a tentativa de estabelecer corredores humanitários que permitam a retirada em segurança da população das regiões mais afetadas.
E, no meio da tormenta daquela que é, em solo europeu, a mais grave violação do direito internacional desde a II Guerra Mundial, um rosto que simboliza a resiliência de um país: Volodymir Zelensky. O presidente ucraniano continua em Kiev, a viver e a trabalhar num bunker algures na capital da Ucrânia.
Ao longo de quase duas semanas de confrontos, o Mundo assiste, entre o espanto e a admiração, à resistência do ator tornado político que continua a pedir ajuda para que o povo ucraniano não seja esquecido.
Ao segundo dia do conflito, a Associated Press noticiava uma conversa entre o Zelensky e Joe Biden, relatada por um oficial ligado à Casa Branca. Essa fonte, que não foi identificada, explicava que, perante a oferta do presidente norte-americano de fazer uma evacuação em segurança, o homólogo ucraniano terá respondido: "a luta é aqui. Preciso de munições, não de uma boleia".
Não há, no entanto, qualquer prova factual, além desta fonte, que a frase tenha sido efetivamente proferida por Zelensky, tendo até fonte oficial da Casa Branca negado ao Fact Checker do "The Washington Post" que a oferta de evacuação tenha sequer acontecido.
Mesmo sem confirmação, a frase foi depois publicada na rede social Twitter pela embaixada ucraniana no Reino Unido e, quase duas semanas depois, já está estampada em sweat shirts e t-shirts. O site de venda de roupa online Whitgo, cujos produtos também estão disponíveis na plataforma Amazon, criou vários modelos estampados com o rosto e as frases mais emblemáticas de Volodymir Zelensky.