O filho mais velho da princesa Mette-Marit da Noruega foi detido pela segunda vez na segunda-feira, 18 de novembro, na sequência de uma investigação que estava em desenvolvimento desde dia 6 de novembro. Na quarta-feira, 20 de novembro, o Tribunal Distrital de Oslo concedeu parcialmente o pedido da polícia e decidiu manter Marius Borg Høiby em prisão preventiva durante uma semana para que as provas do caso não fossem perdidas.
Ao fim de uma semana detido, Marius Borg Høiby foi libertado esta quarta-feira, 27 de novembro. “Por agora, não vemos risco de as provas serem perdidas”, avançaram as autoridades ao revelaem a decisão.
No entanto, as autoridades adiantam também que está a decorrer uma investigação de um novo crime sexual, mas que o jovem de 27 anos ainda não terá sido acusado, avançou a TV 2.
Em declarações à televisão pública norueguesa NRK, o advogado de defesa de Marius Borg Høiby reagiu à decisão de o jovem ser libertado. “Não foi surpreendente. Ele não devia ter sido preso de todo”, disse o advogado Øyvind Bratlien.
Øyvind Bratlien referiu ainda que as provas contra o enteado do príncipe Haakon da Noruega estão significativamente enfraquecidas e que a prisão foi um erro de julgamento "catastrófico" por parte da polícia. “A polícia está a investigar o caso à sua maneira, e nós estamos a trabalhar à nossa maneira. Provavelmente também estamos a conduzir a nossa própria investigação. [Marius Borg Høiby] Não se declara culpado da grande maioria das circunstâncias da acusação. Ele admite apenas lesão corporal, infração penal e ameaça”, acrescentou o advogado.
A juíza do Tribunal Distrital Anne-Lene Åvangen Hødnebø concluiu sob dúvida que há motivos razoáveis para suspeitar que o jovem violou a nova vítima. Contudo, esclareceu que o estado de dúvida surge apenas porque a mulher ainda não explicou o seu lado. Ao mesmo tempo, o tribunal considerou que havia mais de 50% de probabilidade de que Marius Borg Høiby tenha cometido os outros crimes de que é acusado.
“A polícia abriu quase todos os relatórios contra Høiby, incluindo um novo, que é atualmente desconhecido para nós. Esperamos avaliações calmas e discretas da polícia no futuro. Não podemos ter uma força policial que contribua para o circo”, escreveu Øyvind Bratlien em comunicado à TV 2.
A revista norueguesa “Se OG Hør” revelou esta semana que Marius Borg Høiby estaria numa conversa de grupo, na rede social Snapchat, com alguns dos mais perigosos criminosos de Oslo. No grupo, os homens brincavam acerca do vício de cocaína do filho da princesa Mette-Marit da Noruega e das agressões com as ex-namoradas.
Na conversa os homens ridicularizavam a investigação policial e partilhavam informações e fotografias dos polícias à paisana, das roupas que vestiam e dos carros que usavam.
A mesma revista avançou que as autoridades receberam pistas e informações que as levaram a suspeitar que o círculo social de Marius Borg Høiby estaria envolvido com tráfico de droga. Num áudio a que a revista teve acesso, um agente diz ao jovem que sabe que ele está associado com criminosos e que ele tem um grande problema com cocaína.
Marius Borg Høiby já foi acusado de agressões, vandalismo, ameaças, violação de uma ordem de restrição e de violação sexual.