Já passaram três semanas desde o início do conflito e, ao 22.º dia de guerra, a Rússia e a Ucrânia voltam a reunir para mais uma ronda de negociações. Antes disso, durante a madrugada, a Ucrânia sofreu uma onda de ataques russos, desde Kiev a Merefa.

Ainda na manhã desta quinta-feira, 17 de março, uma escola na cidade ucraniana de Merefa, na região de Kharkiv, foi bombardeada, sem vítimas a registar até ao momento.Em Mariupol, cidadãos que estavam refugiados num teatro que foi alvo de um ataque esta quarta-feira, 16, conseguiram sair com vida. 

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Segundo Volodymyr Zelensky "as sanções não são suficientes para parar esta guerra". O presidente ucraniano pede ao parlamento alemão para travar o muro que Putin quer erguer na Europa.

Já do lado do presidente russo, Vladimir Putin, na última vez que falou sobre a guerra, esta quarta-feira, chamou de "traidores" àquelas que se opõem ao conflito. Contudo, diz que a identificação dos mesmos permitirá uma "auto purificação tão natural" do povo russo.

Saiba o que marca o 22.º dia de guerra.

Negociações retomadas esta quinta-feira

Já começou a nova ronda de negociações entre a Rússia e a Ucrânia marcada para esta quinta-feira de manhã, seguindo-se à reunião desta quarta-feira de onde saiu um esboço para um plano de paz provisório, com pelo menos 15 pontos, avança o "Financial Times". Entre estes estão o cessar-fogo e a retirada russa se Kiev declarar neutralidade e aceitar limites para as suas forças armadas.

O presidente ucraniano já deixou claro sobre o que pretende obter com as negociações e é isso que continuará a ser levado para as próximas sessões. "Fim da guerra, garantias de segurança, soberania, restauração da integridade territorial, garantias reais para o nosso país, proteção real para o nosso país", são as prioridades definidas por Volodymyr Zelensky, como anunciou num comunicado publicado na página oficial da presidência ucraniana esta quarta-feira à noite.

Pessoas retiradas com vida do teatro em Mariupol

Após o bombardeamento de um teatro na cidade portuária de Mariupol esta quarta-feira, a maior parte das pessoas que se encontravam no interior já conseguiram sair com vida. O teatro estava a ser usado como refúgio de pelo menos mil pessoas, entre estas crianças, que não escaparam ao ataque.

Pelo que se sabe até agora, “parece que a maior parte deles [dos civis neste abrigo] sobreviveram e está bem”, disse o deputado ucraniano, Dmytro Gurin, à BBC. A mesma informação foi confirmada pela ex-porta voz do Presidente ucraniano, Iuliia Mendel, no Twitter.

Novos ataques das tropas russas

Durante a madrugada desta quinta-feira um míssil russo atingiu a cidade de Kiev. Destruiu um edifício residencial, provocando um incêndio, a morte de uma pessoa e o ferimento de três.

Ainda esta manhã desta foi bombardeada uma escola na cidade ucraniana de Merefa, na região de Kharkiv, mas, felizmente, até ao momento não há relatos de vítimas.

Chernihiv está cercada pelas tropas russas e esta quarta-feira voltou a sofrer um novo ataque que provocou a morte de mais de 50 civis. “Estamos a sofrer grandes perdas — 53 cidadãos foram mortos ontem”, disse Viacheslav Chaus, citado pelo jornal "The Guardian".

Mariupol também continua sob constantes ataques e, segundo o autarca, 90% da cidade está destruída e mais de 2 mil pessoas já morreram.

Volodymyr Zelensky pede fim da guerra ao parlamento alemão

“A Rússia continua a usar-vos para financiar esta guerra”, afirmou o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky numa conferência com o parlamento alemão. "Cada bomba que cai na nossa terra fortalece o muro que existe entre liberdade e a falta de liberdade”, continuou Zelensky.

O presidente do país sob ataque referiu que as sanções não são suficientes para parar a guerra e apelou, por isso, a medidas mais severas. Dirigindo-se ao chanceler alemão, Olaf Scholz, o presidente ucraniano pediu: "Deite abaixo este muro. Pare esta guerra, faça aquilo que deixará orgulhosas as gerações futuras".

Vladimir Putin fala de “auto purificação” russa

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, proferiu esta quarta-feira, 16 de março, um discurso nacionalista no qual defendeu que a guerra declarada à Ucrânia é uma "auto purificação" "necessária".

“Estou convencido de que uma auto purificação tão natural e necessária da sociedade só fortalecerá o nosso país”, disse Putin num comunicado feito através da televisão pública, cita a agência Lusa, segundo o "Expresso". O presidente russo acusou ainda a Ucrânia de estar a usar uma “quinta coluna” de russos traidores para causar conflitos no país invasor.

No discurso, Putin disse ainda que os russos “serão sempre capazes de distinguir os verdadeiros patriotas da escória e traidores, e simplesmente os cuspirão, como um mosquito que acidentalmente voou para as suas bocas", acrescentou.

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