Um homem de 38 anos foi detido pelas autoridades na madrugada deste domingo, 26 de setembro, em East Sussex, no Reino Unido, por suspeita de assassinato da professora primária Sabina Nessa, de 28 anos. As autoridades acreditam que a jovem professora, cujo corpo foi encontrado num parque público em Londres a 18 de setembro, terá sido espancada até à morte com uma lata vermelha de refrigerante, cor que corresponde ao item carregado por um individuo pouco tempo antes do crime, de acordo com filmagens de câmaras de segurança no local, escreve o "Daily Mail".
Sabe-se que a família da jovem professora já foi informada sobre a detenção descrita pelas autoridades como um "desenvolvimento significativo" e que continua a receber apoio de especialistas, segundo o inspetor-chefe Neil John, do Comando de Especialistas em Crimes da polícia metropolitana de Londres. Esta é a terceira detenção associada ao caso da morte de Sabina Nessa, dado que na semana passada outros dois suspeitos foram detidos, mas acabaram por ser libertados sob investigação.
Sabina Nessa saiu de casa a 17 de setembro por volta das 20h30 para ir até ao bar Depot, em Kidbrooke Village, no qual se iria encontrar com um amigo. Para fazer o percurso, que demoraria cerca de cinco minutos, a jovem atravessou o Parque Cator, na zona sudeste de Londres, mas não chegou a concluir o caminho devido ao ataque. O corpo foi encontrado no dia seguinte no mesmo parque.
O caso gerou uma onda de indignação relacionada com a insegurança das mulheres e jovens nas ruas do Reino Unido. Além das homenagens e velas que têm sido deixadas na praça Pegler, em Londres, o grupo “Reclaim These Streets” (ativistas contra a violência contra mulheres) organizou uma vigília na mesma praça, que juntou cerca de 500 pessoas esta sexta-feira, 24 — dia em que se assinalou uma semana após o assassinato de Sabina Nessa. Na cerimónia, Sabina foi recordada pela irmã como uma pessoa "maravilhosa, carinhosa e bonita, que deixou este mundo muito cedo".
Já este sábado, 25, foi disponibilizado um livro de condolências para que qualquer pessoa possa deixar a sua homenagem à professora de 28 anos. O livro está num centro comunitário perto do parque Cator, em Kidbrooke, perto do local do crime. Segundo a gerente do centro, Kathryn Gosden, as pessoas estão assustadas com o que aconteceu. "Saem em grupos de duas ou três pessoas, nunca vão sozinhas", afirmou à BBC.
O assassinato da professora primária sensibilizou o Reino Unido, incluindo a duquesa de Cambridge, Kate Middleton, que deixou uma mensagem no Twitter. "Estou triste com a perda de outra jovem inocente nas nossas ruas. O meu pensamento está com a família e os amigos de Sabina, e todos aqueles que foram afetados por este trágico acontecimento", pode ler-se.
Também o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, fez uma homenagem através das redes sociais no mesmo dia da vigília, dizendo que nessa noite os seus pensamentos iriam estar com a "família e os amigos de Sabina".