Esta quarta-feira, 7 de agosto, os três concertos de Taylor Swift em Viena, Áustria, que começavam esta quinta-feira, 8, foram cancelados. Em causa está o facto de as autoridades austríacas terem detido dois suspeitos de terrorismo, ligados ao Estado Islâmico, que planeavam realizar ataques nos espetáculos. Estes teriam cúmplices na arena em que a artista ia cantar.
A promotora dos eventos, num comunicado publicado nas redes sociais, confirmou o cancelamento dos concertos "pela segurança de todos", depois de terem obtido a "confirmação de oficiais do Governo do planeamento de um ataque terrorista". "O dinheiro de todos os bilhetes será devolvido", disse a Barracuda Music.
O diretor-geral de Segurança Pública da Áustria, Franz Ruf, confirmou a detenção de um dos suspeitos na capital e de um austríaco de 19 anos, na cidade de Ternitz, a cerca de 65 quilómetros a sudoeste de Viena. Os amigos deste último terão sido contratados para serem seguranças do concerto de Taylor Swift, informa o jornal austríaco "Kurier".
A mesma publicação avança que o jovem austríaco teria como alvo os 20 mil fãs da cantora, que deveriam ficar fora do Estádio Ernst Happel durante os concertos. O suspeito queria atropelar todos aqueles que iriam ver a cantora, além de se falar sobre a hipótese de levar a cabo ataques com facas e uma bomba, uma vez que foram encontradas substâncias químicas explosivas na casa deste.
O jovem de 19 anos radicalizou-se através da internet e prestou "juramento de lealdade" ao grupo extremista Estado Islâmico em julho, de acordo com as autoridades. O outro jovem, que terá 17 anos e foi detido em Viena, também foi "radicalizado na internet" recentemente.
Esta não é a primeira vez que uma situação do género acontece. Em 2017, em Manchester, no Reino Unido, o concerto de Ariana Grande também foi alvo de um ataque terrorista. Aliás, no rescaldo desse incidente, Taylor Swift pronunciou-se e disse que estava com medo de fazer uma digressão, por toda a logística que envolve proteger os fãs.
"Desta vez, estava completamente aterrorizada por ir em digressão, porque não sabia como iríamos manter 3 milhões de fãs em segurança durante sete meses", disse a cantora, citada pela "Page Six", antes de embarcar na digressão Lover Fest, que até passava por Portugal, no NOS Alive, mas nunca chegou a acontecer devido à pandemia de Covid-19.
"Houve uma enorme carga de planificação, despesas e esforços para manter os meus fãs em segurança", acrescentou. Apesar do medo, a artista disse que tentava lembrar-se "do bem no mundo, do amor [que ela] testemunhou e da fé [que ela tem] na humanidade". "Temos de viver com coragem para nos sentirmos verdadeiramente vivos, e isso significa não sermos dominados pelos nossos maiores medos", rematou.