O "The New York Times" recusou-se a pagar para manter o selo de verificação no Twitter, e como resposta, Elon Musk já retirou a marca azul do perfil do jornal. Esta medida da rede social, que entrou em vigor a 1 de abril, obriga ao pagamento de uma taxa 9,84€ por mês (plano mensal) ou 8,61€ por mês, durante um ano, para se ser assinante, e assim continuar com o selo de verificação. A ação já gerou muitas polémica pelo Twitter.
Várias celebridades e organizações também já perderam a marca azul, por se terem recusado a pagar para a manter. De acordo com a "BBC", o "The New York Times" referiu ainda que também dispensaria o pagamento da verificação de contas dos seus jornalistas, exceto em "raros casos em que esse status seja essencial para fins de reportagem". Após esta afirmação, emitida por um porta-voz, o jornal com mais de 55 milhões de seguidores perdeu o selo de verificação.
O fundador da Tesla, que comprou a rede social, já se pronunciou relativamente à reação do jornal. "A verdadeira tragédia do 'The New York Times' é que a propaganda deles nem sequer é interessante". Musk escreveu ainda na plataforma: "Além disso, o feed deles é o equivalente a diarreia no Twitter. É ilegível. Eles teriam muitos mais seguidores reais se só publicassem os artigos principais. O mesmo se aplica a todas as publicações".
Esta nova medida, que visa potenciar o lucro do Twitter, tem gerado várias dúvidas. Segundo a "BBC", não é certo que todas as organizações estejam incluídas na regra da obrigatoriedade de pagamento de modo a manter o selo azul. De acordo com um documento citado pelo "The New York Times", dez mil das organizações mais seguidas no Twitter estão livres desta regra.
Recorde-se que desde dezembro, o Twitter introduziu três selos de verificação distintos. Os dourados, para organizações empresariais, os cinzentos, para organizações governamentais ou multilaterais, e ainda o azul, para as contas individuais.
A remoção dos selos azuis para as celebridades ou organizações que se recusam a pagar por uma assinatura decorre segundo um processo manual e gradual, escreve o "The Washington Post".