Depois de uma batalha de seis meses entre o Twitter e Elon Musk, com o multimilionário a recuar com o acordo para a aquisição, assinado em abril, levando a plataforma a processá-lo, o negócio foi finalmente fechado esta quinta-feira, 27 de outubro. O dono da Tesla comprou o Twitter por 44 mil milhões de euros.
“O pássaro está livre”, foi assim que Elon Musk confirmou, no Twitter, a compra da rede social. A primeira medida oficial do empresário, enquanto dono do Twitter, foi demitir três executivos da plataforma: o diretor executivo, Parag Agrawal, o diretor financeiro, Ned Segal, e a diretora do departamento jurídico e de políticas, Vijaya Gadde. Mas as mudanças não ficam por aqui.
Musk quer fazer do Twitter uma plataforma de liberdade de expressão, na qual os utilizadores podem dizer o que quiserem, desde que seja legal. "A razão pela qual adquiri o Twitter é porque é importante para o futuro da civilização ter uma praça comum da cidade digital, onde uma vasta gama de crenças pode ser debatida de forma saudável, sem recorrer à violência”, pode ler-se no tweet publicado por Elon Musk.
O empresário pondera também reverter proibições de utilização da rede social. Desta forma, a conta do ex-presidente norte-americano Donald Trump, banida a 6 janeiro de 2021 depois do ataque ao Capitólio, poderá ser reativada.
Depois das mudanças de pessoal, Musk promete aumentar a base de utilizadores e as receitas da rede social, assim como corrigir a questão dos “bots” (contas falsas), responsáveis pelo spam (conteúdo, produzido em massa, muitas vezes por contas falsas, muitas vezes responsável pela disseminação de fake news).
Por fim, Elon Musk quer tornar o Twitter numa “superapp”, chamada X. Inspirada na WeChat da China, esta super app iria incorporar pagamentos, comércio e mensagens. “Na China, basicamente vives no WeChat porque é tão útil para a tua vida quotidiana. E acho que se conseguíssemos alcançar isso, ou mesmo perto disso com o Twitter, seria um sucesso enorme”, disse Elon Musk numa conversa ao qual o Vox teve acesso.