A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) defendem que o ensino deve ser retomado com aulas presenciais e sem interrupções, mas que para isso devem ser tomadas medidas para preparar o ano letivo de modo a que este decorra sem riscos de contágio por COVID-19.
Uma das recomendações é a vacinação completa de professores e docentes, bem como dos alunos com mais de 12 anos (processo que tem vindo a decorrer em massa nos últimos dois fins de semana em Portugal), e defende que as turmas devem ser de menor dimensão no novo ano letivo.
"A pandemia causou a perturbação mais catastrófica da educação na história. Por conseguinte, é crucial que a aprendizagem em sala de aula continue sem interrupções em toda a Europa. Isto é de extrema importância para a educação, a saúde mental e as competências sociais das crianças, e para que as escolas ajudem a munir os mais novos com as capacidades necessárias para serem membros felizes e produtivos da sociedade", disse o diretor regional da OMS para a Europa, Hans Henri P. Kluge, citado pela TVI24.
Assim, o Escritório Regional da OMS para a Europa e o Escritório Regional da UNICEF para a Europa e Ásia Central apelam para que as escolas de todo o mundo se mantenham em funcionamento de modo a minimizar o impacto da COVID-19 na aprendizagem das crianças.
Neste seguimento, são feitas várias recomendações mundiais — semelhantes às que especialistas portugueses tinham defendido anteriormente, como ensino presencial a 100% e colocação de medidores da qualidade do ar nas escolas — que poderão também ser tidas em conta em Portugal para o novo ano letivo 2021/2022, que começa entre 14 a 17 de setembro.
A OMS e UNICEF defendem um conjunto de oito medidas que poderão conter a disseminação do vírus, principalmente numa altura em que a variante Delta é dominante. São elas a testagem regular, adotar uma estratégia de vacinação eficaz, fazer com que as escolas sejam dos últimos lugares a fechar e os primeiros a reabrir, proteger a saúde mental das crianças, bem como proteger as crianças mais vulneráveis e marginalizadas, melhorar o ambiente escolar e envolver as crianças e adolescentes na tomada de decisões.