Os cigarros eletrónicos surgiram como uma alternativa aos cigarros convencionais como forma de ajudar quem quer reduzir ou deixar por completo de fumar. No entanto, alguns países estão a fazer restrições e proibições do uso de vaping depois de mais de mil pessoas terem sido diagnosticadas com EVALI — uma doença pulmonar relacionado com o uso desta alternativa, segundo os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) e que já levou à morte de 34 pessoas. Um número que pode ser visto como uma catástrofe, no entanto se comparado aos 8 milhões de fumadores que morrem todos os anos devido ao tabaco, o número parece perder o impacto.
Segundo o relatório do CDC, 86% das pessoas que adoeceram devido ao vaping usaram produtos de Tetraidrocanabinol (THC), a principal substância psicoactiva encontrada nas plantas Cannabis nos três meses anteriores e que é ilegal na maioria dos países. As autoridades apontam que este pode ser a causa responsável por doenças relacionadas com o vaping, mas também não descartam outras causas possíveis para a origem de EVALI.
Os especialistas afirmam que é provável que os fumadores morram dez anos antes dos não fumadores e o vaping surge muitas vezes como uma alternativa ao cigarro para os que querem deixar de fumar — e oferece uma experiência sensorial semelhante. No entanto, não há uma garantia que os cigarros eletrónicos sejam seguros, até porque contêm igualmente nicotina, e a exposição a toxinas nocivas do vaping é semelhante à exposição a toxinas e agentes cancerígenos presente em medicamentos disponíveis para ajudar as pessoas a parar de fumar.
Os cigarros eletrónicos tem sido cada vez mais utilizados em vários países, e segundo a Public Health England, o vaping é muito mais seguro do que fumar tabaco, como escreve o site "The conversation". Se os efeitos adversos estivessem relacionados ao uso de vaping, seria registados em mais países que não apenas os Estados Unidos, tal como foi percetível anteriormente uma ligação entre o tabagismo e o cancro de pulmão. O site "The conversation", também defende que uma proibição do vaping pode ter consequências negativas para os fumadores, que podem sentir-se desencorajados a arranjar uma alternativa ao tabaco ou até impulsioná-los a voltar a fumar novamente.