Yoda. Este é o nome do cão-polícia da raça pastor-belga-malinois que foi herói na detenção de Danilo Cavalcante, o assassino que conseguiu fugir da prisão e que se encontrava em paradeiro desconhecido há cerca de duas semanas. A detenção aconteceu no estado da Pensilvânia, nos Estados Unidos, na passada quarta-feira. O brasileiro, que devia cumprir pena de prisão perpétua, conseguiu fugir da prisão onde se encontrava, no condado de Chester a de 31 de agosto.

De acordo com a "G1", quando o fugitivo percebeu que estava cercado pela polícia, tentou rastejar e camuflar-se no mato. Foi aí que Yoda entrou em ação. O cão-polícia de 4 anos foi atrás do brasileiro, conseguindo alcançá-lo e “prendê-lo” até que os agentes chegassem ao local.

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Danilo chegou a ser levado a um médico, devido à mordida do cão, mas segundo relata o meio de comunicação, o ferimento foi considerado leve.

Esteve em curso uma megaoperação para conseguir alcançar Danilo, que segundo a "UOL", contava com mais de 500 agentes, incluindo da SWAT, um tipo de polícia especializado e treinado para atuar em operações especiais e de alto risco. Graças à atuação de Yoda os agentes não tiveram de recorrer à violência. "Os K-9 [nome que se dá à unidade de cães-polícia] desempenham um papel muito importante, não só para rastrear, mas também para, tal como numa circunstância como esta, capturar alguém com segurança. É muito melhor que possamos libertar um cão-polícia como este e fazê-los subjugar o indivíduo do que usar força letal", afirmou George Bivens, tenente-coronel da Polícia Estadual da Pensilvânia, em entrevista coletiva, conforme pode ler-se na "BBC".

O homem foi encontrado no mato devido à tecnologia de deteção de calor que as autoridades utilizaram.

Segundo a "UOL", Danilo conseguiu escapar do estabelecimento prisional ao apoiar-se entre duas paredes no pátio de exercícios, conseguindo assim ter acesso ao telhado da prisão. Escapou e esteve em paradeiro desconhecido durante quase duas semanas, até que foi descoberto no mato pelas autoridades locais, que o apanharam através de Yoda, o cão-polícia que foi o herói desta detenção.

O homem já tinha estado preso no Brasil, devido ao homicídio que cometeu em 2017, quando matou a tiro o estudante Walter Júnior. Segundo a "UOL" e conforme noticiou a Globo, o motivo do crime foi uma dívida que a vítima tinha.

O Ministério Público brasileiro decretou Danilo como culpado, e era suposto este cumprir pena de prisão preventiva, mas conseguiu embarcar para os Estados Unidos porque o mandato não foi emitido a tempo e no aeroporto não existia indicação de que Danilo não podia sair do país.

Já em solo norte-americano, foi condenado este ano pelo assassinato de Deborah, ex-companheira. Os filhos da vítima assistiram à morte da mãe e segundo o que a "UOL" noticia, Patrick Carmody, juiz responsável pelo caso, alegou que Danilo obrigou o filho da vítima, de 9 anos, “a testemunhar e reviver a morte da mãe”.